A fruta amazônica Mari é pesquisada e já começa a entrar na culinária regional na forma de bolos e tortas e sorvetes

A fruta amazônica Mari, terá mercado bom no futuro
A fruta amazônica Mari, terá mercado bom no futuro
A fruta amazônica Mari, terá mercado bom no futuro

Manaus – Mari, é uma fruta nativa típica da Amazônia, sem muito valor comercial, poderá dar a volta por cima e ganhar mais valor no mercado. ficar mais valorizada no mercado, começa a ser trabalhando por pesquisadores do INPA e hoje já tem amazonense saboreando bolos e tortas de Mari.

Conhecida popularmente pelo nome de ‘mari’ ou ‘umari’, cujo o nome cientifico é poraqueiba sericeia Tul, a fruteira nativa da Amazônia pode ser encontrada nas feiras de Manaus nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

Os frutos são consumidos basicamente na forma in natura, o que motivou o técnico da Coordenação de Pesquisas em Biodiversidade (CBIO), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ( INPA) a Afonso Rabelo a desenvolver várias iguarias e difundir as potencialidades dos frutos pouco explorados.

De sabor e aroma acentuado e marcante, o umari foi alvo de experiências culinárias do engenheiro florestal Afonso Rabelo e a esposa Maria das Dores Batista da Silva, que tiveram a ideia de utilizar a polpa do umari em receitas simples, que estão constantemente em nossas mesas.

Ele conta que a ideia surgiu do seu livro “Frutas Nativas da Amazônia”, que tem como principal objetivo valorizar as frutas da região. “Esta experiência resultou em nove iguarias amazônicas que são capazes de agradar ao paladar de qualquer pessoa.

Com o mari conseguimos produzir : bolo, manteiga, biscoitos, paté, mousse, pudim, sorvete caseiro, torta e também brigadeiro. E essas receitas foram degustadas e aprovadas até por crianças”, conta o técnico.

 A fruta começa fazer parte da gastronomia regional
A fruta começa fazer parte da gastronomia regional

De acordo com Rabelo, as receitas são dinâmicas e de fácil manuseio, então qualquer pessoa pode preparar as receitas em casa, basta substituir, por exemplo, o chocolate, laranja ou milho, pela polpa do umari.

Agregando valor ao fruto

De baixo valor comercial, com o custo aproximado de R$ 2,00 reais a dúzia, o umari é encontrado apenas nas feiras regionais e nos pequenos  quiosques na beira das estradas, o que dificulta a conhecimento deste fruto para a população. Para Rabelo, isso se acontece porque “os jovens, principalmente os de 30 anos para baixo, não conhecem esses frutos. Porque eles não têm o hábito de ir em feiras regionais, vão apenas em supermercados”, disse.

Ainda segundo o pesquisador, o fruto do umarizeiro em sua forma in natura possui pouco valor, entretanto, quando usado na culinária para fazer pudins, bolos, sucos e sorvete, o fruto ganha importância comercial.

O casal produz receitas a partir da alta da safra do fruto, ajudando assim, na preservação das espécies frutíferas e aumentando o conhecimento sobre elas. Eles ainda exploram as potencialidades culinárias de várias fruteiras desconhecidas, desvalorizadas e desperdiçadas para criação de novas receitas e valorização comercial.

Características botânicas

Predominante no alto Rio Negro, Solimões e Madeira, o umarizeiro é uma fruteira de porte médio, que pode alcançar até 15 metros de altura. A sua folhagem é abundante e ramificada. Suas flores amarelo-clara são pequenas e pouco vistosas. “São encontrados na Amazônia duas espécies de umari; uma com frutos de casca com coloração roxo-escuro e a outra com coloração amarelo-laranja. O umarizeiro é altamente produtivo, gerando renda extra, principalmente para os agricultores familiares. Rico em vitamina A, fibras, carboidratos, óleos e proteínas, o umari tem alto valor nutricional”, explicou Rebelo.

Segundo livro

Colhendo mari da árvore
Colhendo mari da árvore

Em 2012, Afonso lançou o livro “Frutas Nativas da Amazônia”, publicado pela Editora INPA, onde catalogou 38 espécies de frutas regionais populares sendo comercializadas. Foram dois anos visitando feiras regionais, sítios, reservas e a própria floresta amazônica.

Em parceria com os ilustradores botânicos, Felipe França Moraes e Gláucio Belém do INPA e de sua esposa, Maria das Dores, pretende, até o ano de 2017, lançar um novo livro sobre 100 frutos nativos, entre eles, 20 frutas exóticas com ênfase em suas potencialidades econômicas, ecológicas, sociais e gastronômicas.

Amazonianarede-INPA

 

4 COMENTÁRIOS

  1. Aqui em Belém-Pará encontramos o fruto pela feira. Desde criança, em minhas idas ao interior do estado do Pará, nas matas do terreno dos meus avós paternos, aprendi a saboreá-lo e, sempre que vou à feira, no período de safra, compro para degustar, pois tem sabor e aroma muito apetitoso. Talvez, o pouco valor que as crianças e os adolescentes dão à fruta deva-se ao aspecto da polpa, que qualquer pequeno baque, durante a manipulação, transparece já estar estragado, sem condições de consumo. Contudo, é quando temos a certeza de que ele já tá maduro e apropriado para consumo, sem que precisemos tocá-lo para ver se já amadureceu.

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