São Paulo -A atriz Vida Alves morreu aos 88 anos na noite desta terça-feira. Protagonista do primeiro beijo da TV brasileira – ao lado de Walter Forster–, a mineira estava internada em um hospital de São Paulo desde a semana passada e morreu de falência múltipla dos órgãos.
Nascida em Itanhandu, em 15 de abril de 1928, Vida Amélia Guedes Alves marcou a história da TV por dar o primeiro beijo da dramaturgia em Sua vida me pertence (1951) – que é a precursora entre as novelas no país. Mas não foi só isso: a atriz também deu o primeiro beijo gay da televisão em 1963, quando participou do teleteatro A calúnia – a cena incluiu a atriz Geórgia Gomide.
Trajetória
A trajetória da atriz é contada na biografia Vida Alves – Sem medo de viver, de Nelson Natalino, lançada em 2013. A mineira teve longa carreira na TV, principalmente em produções das décadas de 1950 e 1960. A mão de Deus, A estranha Clementine, O mestiço e A outra foram algumas das novelas nas quais Vida integrou o elenco.
No rádio, se destacou pelas radionovelas e com o programa Jogo do som, apresentado ao lado de Carlos Lemos. Ao longo da trajetória, atuou como autora, produtora e diretora.
Fora dos palcos, Vida participou da fundação do Museu Pró-TV, em 1995, estando à frente da entidade até o ano passado. Lutou pela criação oficial do Museu da Televisão Brasileira e pela preservação da memória da radiodifusão.
“Obrigada por tudo, Vida Alves”, era uma das frases do post da página oficial do Pró-TV no Facebook.
Vida também era avó da cantora Tiê. Após a confirmação de seu falecimento, a neta postou uma homenagem em sua conta oficial no Instagram.
“Dona Vida Alves fez a passagem. Minha amiga, minha avó, minha parceira, minha musa beijoqueira. 88 anos de muita luz, amor, arte e vida. Vire estrela e descanse em paz. Te amo pra sempre e vou sentir saudades todos os dias”, escreveu a cantora.
O velório ocorre em São Paulo, no Cemitério do Araçá. O enterro será à tarde, a partir das 16h.
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