Manaus – A socialite Marcelaine dos Santos Schumman vai a júri popular. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (10) pelo titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony. Marcelaine é apontada como a mandante da tentativa de homicídio contra a bacharel em Direito Denise Almeida da Silva, baleada no estacionamento de uma academia em novembro de 2014.
Além da socialite, os outros acusados do crime também irão a júri. Ainda não há data definida para a realização do julgamento. Segundo a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), a decisão cabe recurso.
Segundo a decisão, assinada pelo juiz Mauro Antony, Marcelaine deve responder por homicídio qualificado por motivo torpe. Os outros acusados responderão por promessa de recompensa.
Marcelaine e outra acusada do crime, Karen Arevalo, chegaram a ter liberdade decretada pelo TJ-AM. No entanto, a dupla voltou a ser presa no dia 26 de junho. Segundo o tribunal, as duas teriam violado medidas cautelares – elas usavam tornozeleira eletrônica e não deveriam sair do perímetro estabelecido pela Justiça e nem se aproximar da vítima do crime.
Um dia antes da prisão, Denise Almeida disse ao G1 que a suspeita estaria rondando a sua casa. A estudante afirmou que seu segurança viu Marcelaine em local próximo à academia que frequenta atualmente.”Eu me sinto perseguida o tempo todo. Meu próprio segurança a viu perto da academia nova em que treino agora”, disse.
Entenda o caso
A universitária Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus. O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.
No mês seguinte, a Polícia Civil prendeu os primeiros suspeitos do crime. O então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Paulo Martins, informou, na ocasião, que a mandante seria a socialite Marcelaine Schumann. O motivo do crime seria ciúmes de um suposto amante dela e da vítima.
Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro deste ano, e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.
Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou “aleijar” a vítima.
O empresário Marcos Souto, suposto pivô do crime, também chegou a ser preso durante as investigações. No dia 6 de março, quando ocorreu a primeira audiência de instrução do caso, ele foi detido sob suspeita de falso testemunho. Ele foi liberado no dia seguinte.
Dez dias depois, Marcelaine Schumman teve pedido de liberdade concedido.
Amazonianarede-Sistema Rede Amazonica