São Paulo – A morte do defensor no dia 27 de outubro de 2004 mudou algumas coisas no panorama atual do futebol brasileiro.
Nesta segunda, dia 27, o futebol brasileiro completa 10 anos sem o zagueiroSerginho, ex-São Caetano, que morreu em uma partida contra o São Paulo, no Morumbi. De lá pra cá, muita coisa aconteceu no futebol, e a morte do zagueiro deixou um grande alerta.
Quando faleceu, Serginho vivia a melhor fase de sua carreira e estava com sua transferência praticamente acertada ao Olympique de Marselha, da França. O caso trouxe à tona, dentre outros questionamentos, o risco que correm os jogadores de futebol que têm problemas cardíacos. Depois do incidente, CBF, federações e clubes de futebol passaram a a dar atenção maior aos riscos cardiológicos.
Da semana que precedeu a morte do jogador até hoje, com o medo de uma nova tragédia, os envolvidos no mundo do futebol passaram a se precaver. Alguns jogadores passaram a exigir de seus clubes maior seguro de vida, jornalistas reivindicaram mudanças na legislação e no famigerado calendário do futebol brasileiro, a presença de pelo menos uma ambulância passou a ser obrigatória em toda partida de futebol no Brasil e alguns jogadores tiveram de se aposentar antes do previsto por problemas cardíacos, como aconteceu com o ex-goleiro Doni, que defendeu grandes clubes, como Corinthians e Roma.
DERAM A VOLTA POR CIMA
Também tiveram casos de jogadores com graves problemas cardíacos que não tiveram de anteceder a aposentadoria, mas pararam por um tempo e depois voltaram ao futebol. Atentos ao risco que corriam, William, ex-meia do Palmeiras e que hoje atua junto com Ronaldinho no Querétaro, do México, levou a sério o problema no coração e só pôde voltar aos gramados após dois anos de tratamento.
O caso mais emblemático talvez tenha sido do centroavante Washington, que teve uma lesão na artéria do coração quando defendia o Atlético-PR. Foi impedido de jogar até 2004, quando retornou aos gramados e deu a volta por cima com a artilharia do Brasileirão, com 34 gols. Mais tarde, o atacante, que recebeu a alcunha de “coração valente”, foi campeão Brasileiro com o Fluminense, em 2010.
A mais recente descoberta de problema cardíaco no futebol brasileiro foi a do defensor da Ponte Preta, Diego Sacoman. Com uma hipertrofia no ventrículo esquerdo do coração, o zagueiro está afastado dos gramados há mais de um mês e deve ficar por pelo menos mais dois meses fazendo tratamento para depois passar por uma avaliação médica para saber se reúne condições de voltar a jogar.
GERAÇÃO FRACASSADA
Os dez anos da morte de Serginho em nada lembraram a geração vitoriosa do São Caetano. Sob o comando de Jair Picerni, com grandes nomes como Adhemar, Esquerdinha e Adãozinho, o time, que foi vice-campeão do Brasileiro em 2000 e 2001 e da Libertadores em 2002, al ém de campeão Paulista em 2004, com Muricy Ramalho no comando, ficou só na memória do torcedor azulino.
De 2004 pra cá, o Azulão entrou em declínio, muito por conta da diminuição do apoio da prefeitura local . O time foi rebaixado à Série B do Brasileiro em 2006, em 2013 caiu à Série C e, neste ano, à Série D. O Azulão também foi rebaixado à Série A2 no Paulistão em 2013.
Fonte: Agência Futebol Interior