Caapiranga, AM – Revoltados com a polícia, que teria negligenciado a denúncia sobre o desaparecimento de um rapaz usuário de drogas, moradores da cidade de Caapiranga, no Interior do Amazonas, a 134 quilômetros de Manaus, invadiram e depredaram a delegacia do município, no final da tarde/início da noite desta quarta-feira (21).
Segundo as informações, não confirmadas, houve reação dos policiais e o delegado de Caapiranga teria atirado várias vezes contra os manifestantes, ferindo várias pessoas. O local virou uma verdadeira praça de guerra, com disparos, correria, gritos e desespero.
Segundo presentes no local do tumulto, os feridos chegaram ser levadas para o hospital do município e pelos menos três mortes estão confirmadas.
A suspeita dos moradores de Caapiranga é que o rapaz, identificado apenas como “Cosminho”, teria sido morto por causa de dívida de drogas, por uma mulher de nome não revelado, que controla o tráfico de drogas na cidade e que estava presa na delegacia do município.
O tumulto teria acontecido justamente na tentativa dos moradores de vingar a suposta morte do rapaz e fazer justiça com as próprias mãos.
Por solicitação da Rede Tiradentes, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-AM) se manifestou por meio de Nota.
Em atenção à sua demanda, e conforme contato com servidores do Departamento de Polícia do Interior (DPI), na manhã desta quarta-feira (22/8), uma mulher foi levada para a 32ª Delegacia Especializada de Polícia (DIP) de Caapiranga, município distante 134 quilômetros em linha reta da capital, suspeita de estar envolvida no desaparecimento de um homem naquele município.
Segundo informações, há suspeitas de que o homem tenha sido executado pela mulher, porém, até o momento o corpo não foi encontrado. Após a detenção da mulher, populares começaram uma aglomeração em frente ao prédio da 32ª DIP, com intuito de fazer justiça com as próprias mãos.
Foi enviado reforço policial de quatro investigadores e um delegado lotados no município de Manacapuru, distante 68 quilômetros em linha reta da capital, além do efetivo local e do apoio da Polícia Militar daquele município para garantir a integridade do lugar, dos servidores, e da suspeita.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) também está acompanhando o caso.
Amazoninarede-RT
