Manaus – “Um projeto audacioso”, assim denominou o deputado estadual Tony Medeiros (PSL), da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira (3), ao falar do projeto de sua autoria, denominado Universidade Rural, que tem o objetivo de oferecer o acesso ao ensino superior para estudantes que vivem em comunidades afastadas dos centros urbanos.
“Uma proposta que parecia distante e, para alguns, impossível, mas que eu venho defendendo há mais de três anos como forma de levar conhecimento e dar as mesmas oportunidades para aqueles que moram no interior do Estado”, assinalou o deputado.
Segundo Tony Medeiros, esse era um sonho que vai se tornar realidade com a autorização do governador do Estado, José Melo (PROS), por meio de decreto, a criação da Universidade Rural. “Com isso, o Amazonas vai ganhar em breve um novo sistema para levar ensino universitário aos municípios do interior”, informou.
De acordo com o deputado, a ideia do projeto é utilizar a rede tecnológica e as estruturas (salas de aula), da Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc), existentes em todos os municípios, que passariam a oferecer cursos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em nível de graduação para a população jovem e adulta.
Tony afirmou que são mais de 3.800 salas de aula, em mais de 1.800 comunidades rurais, e essas pessoas, agora, vão ter a oportunidade de cursar o ensino superior em sua própria comunidade. “Vejo isso como um dos maiores avanços em termos de educação em nosso Estado ao se conseguir atingir aquelas pessoas que têm menos oportunidades”, declarou.
O deputado destacou que muitas famílias amazonenses, num determinado momento, deixam o interior, migrando para os centros urbanos, por causa da educação dos filhos, a exemplo do que aconteceu com ele próprio e com o atual governador José Melo, que veio do interior para estudar na capital.
Com a tecnologia existente hoje, o deputado disse que não vê mais a necessidade de tirar os jovens das comunidades rurais. “São jovens que ajudam no sustento da família e, por motivos econômicos, não podem deixar o interior. Dessa forma, queremos manter os jovens trabalhando e estudando no interior, sem abandonar suas famílias”, observou entusiasmado Tony Medeiros.
Fonte: Aleam