Trabalhadores da saúde param por um dia no Pará

Belém – Numa ação organizada em conjunto pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Estado do Pará (Sindesp) e Sindicato dos Servidores de Saúde do Município de Belém (Sindsaúde), os servidores do Pronto Socorro da 14 de Março realizam uma paralisação de um dia.

Na segunda-feira também vão fazer um dia de paralisação os servidores do Samu e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Comunitários de Endemias (ACE).

Em frente à entrada principal da unidade de saúde, ontem pela manhã, um aviso já antecipava a paralisação geral que os funcionários irão promover reivindicando melhores condições de trabalho.

Ontem à noite, os servidores do PSM do Guamá fizeram uma reunião preparatória para uma assembleia geral da categoria na próxima quarta-feira (4 de julho) quando eles também marcarão a data para a paralisação de um dia.

As paralisações abrangerão todas as categorias, incluindo médicos e enfermeiros. O objetivo é denunciar as precárias condições da saúde municipal e mobilizar os servidores para uma possível greve da categoria por melhores condições de trabalho e por melhorias salariais.

“Acabou o namoro, agora nós vamos cobrar nossos direitos e os direitos dos usuários”, afirmou o diretor de imprensa do Sindesp, Carlos Haroldo Costa. Segundo os sindicalistas, já se passaram seis meses da posse do prefeito Zenaldo Coutinho que afirmou em sua campanha que a saúde seria prioridade. “Cadê o “S” da saúde?”, questionou o sindicalista, referindo-se à promessa do prefeito durante a campanha.

Os trabalhadores da saúde denunciam que faltam remédios básicos nos hospitais. “As nossas condições de trabalho estão cada dia piores. Tem paciente que volta com dor para casa porque não tem dipirona, até os exames de sangue estão terceirizados, o raio-X está quebrado há dois anos”, denuncia a agente de saúde Nazaré Soares, que trabalha no PSM do Guamá. Segundo ela, os únicos dois elevadores do hospital são usados para transportar a comida e lixo hospitalar “e até os pacientes mortos”.

(Diário do Pará) 

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