Trabalhadores da Eletrobras-Acre retomam luta contra venda da distribuidora

(Reportagem: João Maurício – Pág 20.net)

Os trabalhadores da Eletrobrás Distribuição Acre, a antiga Eletroacre, estão retomando movimento contra a privatização da empresa iniciado ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso nos anos 90.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Fernando Barbosa, uma agência internacional de notícias está divulgando que a Eletrobrás decidiu colocar a venda todas as distribuidoras que estão sob seu controle depois de serem federalizadas no processo de privatização do setor elétrico pelo governo de FHC.

O secretário-geral do Sindicato e vereador Marcelo Jucá disse que seria uma contradição a Eletroacre ter sobrevivido à privatização com Fernando Henrique e ser privatizada pela presidente Dilma cujo partido, o PT, venceu três eleições presidenciais defendendo as estatais de setores estratégicos como energia e saneamento.

Além disso, de acordo com Jucá, se as distribuidoras sofrem prejuízos e precisam cortar gastos, deveriam começar a cortar na própria carne reduzindo cargos de diretores, supersalários e se preocupar com a qualidade dos serviços.

De acordo com ele, a privatização da distribuição de energia no Acre seria um golpe contra o programa Luz para Todos e municípios deficitários, como Jordão, onde a arrecadação não cobre os custos de geração nas termelétricas movidas à diesel.

Além da antiga Eletroacre, estão na mesma condição as distribuidoras do Piauí, Alagoas, Amazonas, Roraima e Rondônia. “A Eletrobras avalia que a venda do controle das distribuidoras de energia federalizadas é a melhor solução para essas companhias e pedirá o aval do governo federal na semana que vem para perseguir essa opção, disse uma fonte próxima das negociações”, informa a agência.

Segundo a fonte, a estatal considera que a venda é a melhor alternativa para recuperar as problemáticas distribuidoras, que vêm apresentando prejuízo e consumindo recursos da Eletrobras. As distribuidoras do grupo têm concessões que vencem em 2015 e cujo processo de renovação ainda não foi definido pelo governo federal. Elas tiveram prejuízo de 1,331 bilhão de reais em 2012.

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