Brasil – É chegada a hora da verdade! Nesta segunda-feira, às 14h, praticamente um ano e 11 meses após ser confirmado no comando da Seleção Brasileira, Tite anunciará os 23 jogadores que terão a missão de buscar o hexa na Rússia.
Dificilmente haverá consenso sobre os escolhidos (no país em que quase todo mundo tem um pouquinho de técnico), o fato é que o caminho para chegar a esta lista foi marcado por muitos testes, alguns achados, resgate de atletas e (por que não?) certas ‘invenções’.
Nas 10 convocações que fez até aqui, Tite deu chance a 64 jogadores. Tiveram oportunidade nove goleiros, 13 laterais, 10 zagueiros, nove volantes, 11 armadores e 12 atacantes. Mas, é preciso ressaltar que 13 deles participaram apenas do “Jogo da Amizade” (amistoso com a Colômbia, em janeiro de 2017, em prol das vítimas da tragédia aérea com a Chapecoense).
De certa forma, Tite teve que ‘reinventar’ a Seleção. Quando assumiu, o país tinha só nove pontos em seis rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa’2018. Na sua primeira convocação, em agosto de 2016, dois dias após o Brasil faturar o ouro olímpico (vitória nos pênaltis sobre a Alemanha), bancou sete campeões: Weverton, Renato Augusto, Neymar, Marquinhos, Rodrigo Caio, Gabriel Jesus e Gabigol.
Aposta
Tite ainda apostou alto nos questionados Alisson e Casemiro e promoveu o retorno do volante Paulinho, ‘esquecido’ no futebol chinês. Mas foi muito criticado por optar por jogadores como Rafael Carioca, Giuliano e Taison. Vitórias sobre Equador (3 a 0) e Colômbia (2 a 1) amenizaram o clima.
Outro jogador importante foi ‘resgatado’ por Tite logo em sua segunda convocação: o zagueiro Thiago Silva, um dos mais marcados pelo vexame na Copa’2014. A partir daí, estaria presente em todas as listas do comandante. Por outro lado, chamou o goleiro Muralha, que, tempos (e muitas falhas) depois, seria praticamente execrado pela torcida do Flamengo. Vitórias sobre Bolívia (5 a 0) e Venezuela (2 a 0) deram tranquilidade ao trabalho.
Esboçar base
A partir daí, Tite começava a esboçar uma base e se deu bem ao mantê-la em sua terceira lista: a equipe fez 3 a 0 na Argentina, no Mineirão, e 2 a 0 no Peru. O comandante fechava 2016 invicto.
Se a quarta convocação, em janeiro de 2017, para o “Jogo da Amizade”, só com jogadores que atuavam no país, pouco acrescentou para a definição do grupo, na quinta lista, em março, Tite pinçou mais um intocável no seu grupo: o goleiro Éderson, então ainda no Benfica. E em campo os resultados não podiam ser melhores: 4 a 1 sobre o Uruguai e 3 a 0 sobre o Paraguai fizeram com que a Seleção Brasileira fosse a primeira a se classificar ao Mundial.
Com a vaga garantida, Tite se deu ao luxo de poupar jogadores mais desgastados, como Neymar, e fazer novos testes. Em sua sexta lista, para amistosos contra Argentina (0x1) e Austrália (4×0) pintaram Diego Alves, Rafinha, Jemerson, Alex Sandro… Houve até espaço pra volta de David Luiz, outro que ficou marcado pelo fiasco em 2014 e, principalmente, pelo vexame dos 7 a 1. Mas o zagueiro jamais voltaria a ser chamado.
Impressão
A impressão era de que o grupo para o Mundial já estava praticamente fechado, mas Tite mostrou que não era bem assim. Tanto que em sua sétima convocação abriu espaço para Cássio e Luan, que ainda vivem expectativa de ver seus nomes na lista final do comandante.
O mesmo acontece com Fred, Arthur e Danilo, chamados pela primeira vez apenas na oitava convocação, em setembro do ano passado, quando o país fechou sua participação nas Eliminatórias como líder disparado (41 pontos, 10 à frente do Uruguai). Com Tite, foram 10 vitórias e dois empates.
Se para os amistosos contra Japão (3 a 1) e Inglaterra (0 a 0) em outubro de 2017, Tite não apresentou novidades, neste ano, nos últimos compromissos antes da divulgação da lista final, sem o lesionado Neymar, se deu ao direito de promover os últimos testes diante de Rússia e Alemanha. E com que surpresas! Neto, Willian José, Talisca e Ismaily (convocado após as lesões de Filipe Luís e Alex Sandro). Alguém conseguirá acertar os 23 nomes de Tite? Façam suas apostas
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