Timão é prejudicado por arbitragem, empata com o Boca e está eliminado

São Paulo – Antes de o time argentino abrir o placar, Carlos Amarilla deixou de marcar pênalti e anulou gol legal ao anotar impedimento inexistente de Romarinho.

O sonho do bicampeonato da Libertadores chegou ao fim para o Corinthians. O Timão empatou por 1 a 1 com o Boca Juniors noite desta quarta-feira, no Pacaembu, e não avançou às quartas de final da competição sul-americana. Na partida de ida, na Bombonera, o time argentino havia vencido por 1 a 0.

Antes de o Boca abrir o placar, aos 24 minutos com um golaço de Riquelme, o árbitro Carlos Amarilla deixou de marcar um pênalti e depois anulou mal o gol de Romarinho ao marcar impedimento do atacante.

A classificação do Boca tem a cara do técnico Carlos Bianchi, que soube armar sua equipe e deu um nó tático no Corinthians na etapa inicial. Experiente e multicampeão, o treinador nunca perdeu um mata-mata de Libertadores para times brasileiros.

Primeiro, Bianchi venceu o São Paulo na decisão de 1994, quando comandava o Vélez Sarsfield. Com o Boca Juniors, eliminou Palmeiras (2000 e 2001), Vasco (2001), Paysandu (2003) e Santos (2003).

Outro retrospecto impressionante contra times brasileiro em mata-mata de Libertadores é do próprio Boca Juniors: a equipe venceu 13 vezes e perdeu apenas três.

O JOGO

Quem esperava por um Boca Juniors catimbeiro e cometendo bastante faltas ficou surpreso com a postura da equipe. A cera, no entanto, foi uma das armas dos jogadores, principalmente do goleiro Orión, que recebeu cartão amarelo ainda na metade do primeiro tempo após demorar para cobrar tiro de meta.

Porém, o mais impressionante foi o gol dos visitantes logo aos 24 minutos do primeiro tempo. Depois de cobrar falta curta na meia direita, Riquelme recebeu de volta e acertou um chute de rara felicidade, à la Ronaldinho Gaúcho na Copa do Mundo de 2002. O goleiro Cássio, que esperava pelo cruzamento, nada pôde fazer.

Antes do baque, o Corinthians já parecia nervoso na partida, mas chegava com perigo ao ataque. Aos 9, Emerson Sheik dominou pela esquerda da grande área e Somoza fez um corte com a mão. Pênalti que Carlos Amarilla não marcou.

Um minuto antes de o Boca abrir o placar no Pacaembu, Romarinho havia balançado as redes de Orión após lindo passe de Sheik. No entanto, o juiz marcou impedimento inexistente.

Com o placar adverso e precisando fazer no mínimo três gols para classificar, o Timão não conseguia ficar com as bolas nos pés. Experiente, o Boca se fechou e deixava apenas os perigosos Riquelme e Blandí avançados.

Em um contra-ataque aos 32, Blandí recebeu na direita e chutou firme cruzado. Cássio fez boa defesa e mandou para escanteio.

Na volta do intervalo, Alexandre Pato e Edenílson entraram nas vagas de Romarinho e Alessandro, respectivamente. A Fiel, que lotou o Pacaembu, acreditava na classificação e empurrava o Corinthians.

Sem nada a perder, o Timão partiu para cima e conseguiu achar o gol logo aos 5 minutos, com Paulinho, que cabeceou após cruzamento de Sheik pela direita. Praticamente no lance seguinte, Paolo Guerrero perdeu a chance de fazer o segundo do Corinthians e incendiar de vez a torcida.

O Boca deu a resposta aos 12, quando Blandí perdeu uma oportunidade incrível, com o gol vazio. O atacante chutou por cima depois da rebatida de Cássio no chute de Riquelme.

Mas o grito de gol que ficou engasgado na boca da Fiel saiu aos 15 minutos. No entanto, o árbitro anulou corretamente o gol de Paulinho, que cometeu falta em Orión na pequena área.

O Corinthians continuou em cima do Boca, que sentiu claramente a pressão. No entanto, o Timão não conseguia converter o volume de jogo nos gols que faltavam para a classificação.

Aos 30, muitos torcedores no Pacaembu até comemoraram. Mas antes da hora. Alexandre Pato perdeu uma chance tão inacreditável quanto à de Blandí. O zagueiro Gil deu um balão para a área, Guerrero escorou de cabeça e a bola sobrou para o camisa 7, que, livre e sem goleiro, se atrapalhou e chutou para fora.

Nos minutos finais, o Timão continuou pressionando, mas faltava criatividade. O Corinthians chegava apenas na base do “chuveirinho”, e a defesa do Boca ganhava praticamente todas as jogadas pelo alto.

A reação da Fiel foi bonita no fim do jogo: os torcedores cantaram o hino alvinegro e incentivaram o time. Afinal, a Libertadores está perdida, mas no domingo, às 16h, o Corinthians enfrenta o Santos, na Vila Belmiro, pela segunda partida da final do Campeonato Paulista. O título estadual pode ser um consolo aos corintianos.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 1 BOCA JUNIORS
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 15/5/2013 – 22h
Árbitro: Carlos Amarilla (Fifa-PAR)
Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e Carlos Cáceres (PAR)
Renda/Público: R$ 2.709.112,50 / 36.319 pagantes
Cartões Amarelos: Alessandro, Paulinho e Emerson Sheik (COR); Orion, Blandi e Marín (BOC)
Cartões Vermelhos: –
GOLS: Riquelme, aos 24’/1ºT (0-1) e Paulinho, aos 5’/2ºT (1-1)
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro (Edenílson, Intervalo), Gil, Paulo André e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Romarinho (Pato, Intervalo), Danilo (Douglas, 29’/2ºT) e Emerson Sheik; Guerrero. Técnico: Tite.
BOCA JUNIORS: Orion; Marín, Caruzzo, Burdisso e Clemente; Somoza, Erbes (Bravo, 34’/2ºT), Erviti e Sánchez Miño; Riquelme (Viatri, 22’/2ºT) e Blandi (Zárate, 38’/2ºT). Técnico: Carlos Bianchi.

(Lancenet)

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