
Brasilia – O presidente interino Michel Temer definiu nesta quarta-feira (25) o nome do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Paulo Caffarelli para a presidência do Banco do Brasil. O executivo trabalhou por 30 anos na instituição federal, chegando ao cargo de vice-presidente. Atualmente, era diretor-executivo da siderúrgica CSN.
Até a tarde de ontem, o nome do presidente da Infraero, Gustavo do Vale, era o mais cotado para assumir o comando do Banco do Brasil.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a convidar o diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, para presidir o banco, do qual ele foi vice-presidente antes de ir para a estatal.
Monteiro, porém, recusou o convite depois que foi convidado pelo novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, a permanecer na estatal. Ao recusar a oferta de Henrique Meirelles, ele argumentou que precisa reestruturar a dívida da petroleira, a maior do mundo entre as empresas.
CAIXA
O governo também definiu o nome de Gilberto Occhi para presidir a Caixa Econômica Federal. Indicado pelo PP, ele já foi ministro da Integração Nacional durante o governo Dilma Rousseff.
Pediu demissão quando seu partido aderiu ao grupo que defende o impeachment da hoje presidente afastada.
A demora na divulgação dos novos diretores de bancos oficiais estava preocupando o PP, que negociara a indicação de Occhi para a Caixa durante a abertura do processo de impeachment de Dilma na Câmara.
Após a reunião, um assessor de Temer disse que não haverá recuo na escolha do nome indicado pelo PP, apesar de a equipe de Meirelles desejar outra opção.
A atual presidente da Caixa, Miriam Belchior, foi exonerada. Petista, foi ministra do Planejamento do governo Lula e nomeada para a instituição pela presidente Dilma.
Interinamente, até Occhi ser nomeado, ficará no comando da Caixa Joaquim Lima de Oliveira, funcionário do banco e vice-presidente de Tecnologia da Informação.
Indicado para presidir o Banco Central, Ilan Goldajn será sabatinado pelo Senado na próxima quarta (1º), o que viabilizará sua participação na reunião de julho do Copom –responsável por definir a taxa básica de juros.
Ficou definido ainda que o atual presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, será mantido. Ele é indicação do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).
AGÊNCIAS REGULADORAS
O governo definiu ainda que, em todas as novas indicações e substituições em agências reguladoras, o principal requisito será que o indicado seja técnico do setor.
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RAIO-X PAULO CAFFARELLI – BANCO DO BRASIL
> Trabalhou por 30 anos no banco e chegou à vice-presidência
> Foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, sob a gestão Guido Mantega
> Atualmente, atuava como diretor-executivo da CSN
GILBERTO OCCHI – CAIXA
> Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal
> Comandou o Ministério das Cidades, no primeiro mandato de Dilma Rousseff
> No ano passado, foi para a pasta da Integração Nacional
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BANCOS PÚBLICOS SOB TEMER
BNDES
MARIA SILVIA BASTOS MARQUES, 59
> Diretora e presidente da CSN (1996-2012)
> Assessora do BNDES (1991-1992)
> Secretária de Fazenda da cidade do Rio (1993-1996)
> Presidência da Empresa Olímpica Municipal (2011-2114)
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
MARCOS HOLANDA
Economista cearense, é indicação do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira
BANCO DA AMAZÔNIA
Indefinido
Amaznianarede-Agencia Foho