Tadeu Schmidt vibra com o ouro do sobrinho Bruno e pede música por “três choros”

O jornaloista Tadeu vibra na pria com o sobrinho Mamute

 

O jornaloista Tadeu vibra na pria com o sobrinho Mamute
O jornalista   Tadeu Sghmidt,  apresentador do Fantástica, vibra na pria com o sobrinho Mamute

Rio – Ele vibrou, gritou, se emocionou. E, do alto de seus 1,92m, chorou como uma criança. Sempre tranquilo no ar nas transmissões ao vivo do “Fantástico”, Tadeu Schmidt parecia outra pessoa na decisão do vôlei de praia na Arena em Copacabana nesta sexta-feira. Também pudera.

Estava ali não como jornalista, mas como tio de Bruno que, em uma noite inesquecível, se tornou campeão olímpico ao lado do companheiro Alison. O apresentador não segurou as lágrimas após a vitória por 2 a 0 (21/19 e 21/17) sobre Nicolai/Lupo, da Itália. Ele havia prometido que pediria música se chorasse três vezes, assim como acontece em seu quadro no programa semanal da TV Globo quando algum jogador de futebol marca três gols na rodada do Campeonato Brasileiro. Chorou nas quartas, nas semis, na final. E a trilha sonora escolhida por Tadeu para se referir ao sobrinho dourado é “Simply The Best” (do inglês, “Simplesmente o melhor”), eternizada na voz da cantora americana Tina Turner.

– Era a medalha que faltava para a família Schmidt, o Oscar jogou cinco Olimpíadas, merecia tanto, mas tudo se compensou agora, porque isso foi a coisa mais linda do mundo. Comemorei, gritei, chorei, eu nunca vivi uma experiência tão intensa, cara, foi a coisa mais linda do mundo.

O abraço principal é no pai (Luiz Felipe) dele, que é o grande responsável por tudo, que botou o Bruno para jogar e é o grande apaixonado pelo vôlei de praia e trouxe o Bruno. E eu estava ali pertinho deles. Está no regulamento do “Artilheiro Musical” que quem chora três vezes com o sobrinho medalhista olímpico também pode pedir música no “Fantástico”. Então eu já pedi a música que a Tina Turner cantava para o Ayrton Senna, com todo respeito ao nosso ídolo, eu quero ouvir “Simply the Best”, porque eles são simplesmente os melhores do mundo e campeões olímpicos – comentou, completamente emocionado, o jornalista.

O jornalista estava mais nervoso que o sobrinho
O jornalista estava mais nervoso que o sobrinho

apresentador do “Fantástico” disse ainda que todos os medalhistas olímpicos de ouro do Brasil nesta edição podem pedir música também – Rafaela Silva, do judô; Robson Conceição, do boxe; Thiago Braz, do salto com vara; Martine Grael e Kahena Kunze, da vela; e agora, Alison e Bruno Schmidt, do vôlei de praia.

Mamute pediu “Beautiful Day”, do U2, e “Dias de Luta, Dias de Glória”, do Charlie Brown Jr. Ele, aliás, tem uma tatuagem no braço com esses dizeres. O sobrinho de Tadeu, por sua vez, brincou:

– Sempre sonhei pedir música, mas como ia fazer três gols?

A família Schmidt tem o DNA de campeão. Tudo começou lá atrás com Oscar, um dos maiores nomes do basquete de todos os tempos e recordista mundial de pontuação com 49.737 pontos. Só que o gigante de 2,05m, que participou de cinco Olimpíadas, não levou a medalha. A honraria ficou para o “baixinho” Bruno, seu sobrinho, de 1,85m.

Logo de cara, em sua primeira participação, conquistou o ouro. A medalha emocionou Tadeu, que creditou tudo isso que está aconteceu ao irmão, Luiz Felipe, pai do atleta. Ele, aliás, lembrou de como o “toquinho de gente” se tornou um grande atleta, eleito melhor do mundo na modalidade em 2015 em votação da FIVB entre os outros esportistas.

– O pai é o grande responsável pela carreira do Bruno, é o cara que se apaixonou pelo vôlei de praia, começou a jogar vôlei de praia por causa de Bruno, levou ele pra jogar pequenininho, criança, contra os adultos. Foi aí que o Bruno aprendeu a jogar com os caras maiores. E ele é quem merece o grande abraço nesse momento. Foi por isso que o Bruno correu e foi abraçá-lo.

Eles têm uma parceria que é a coisa mais linda. O Bruno só tem 1,85m. No vôlei de hoje, é um anão, né? Quando entra em quadra, parece uma criança contra adultos, ele só consegue jogar porque é um gênio. Não tem como ser mais habilidoso, mais técnico que o Bruno. Você pode ter mais ou menos o mesmo nível, mas melhor não tem como.

Ele não fica nervoso, não se descontrola. Que jogador, que jogador! Esse tem a magia. O Oscar também tinha, e é legal ver essa medalha agora porque o Oscar chegou muito perto e podia ter sido campeão. Ela veio com o Bruno e veio logo de ouro – falou.

Mas, para chegar onde está atualmente no esporte, outro integrante do clã foi um dos maiores incentivador do melhor jogador do planeta no ano passado: o “tio-irmão” Tadeu Schmidt, que tem um passado no vôlei e até atuou na quadra com a amarelinha ao lado de Nalbert.

O jornalista chegou cedo à Arena de Vôlei de Praia. Por volta das 21h, quase 3h antes do início da final. Ficou bem acomodado e ainda assistiu à disputa de terceiro lugar – vencida pelos holandeses Robert Brouwer e Meeuwsen, por 2 a 0, sobre a Rússia.

Da tribuna da família olímpica, bem próximo a quadra, Tadeu Schmidt estava muito bem acompanhado pela esposa e as duas filhas. Ainda viram de perto esse feito histórico: a esposa de Bruno Schmit, Laís, o pai, a mãe, a avó e os irmãos. Trupe completa.

Quase todos com chapéu personalizado com as cores do Brasil. O apresentador da TV Globo estava tenso antes do jogo. Respirou fundo. Logo no primeiro ponto da partida, Bruno solicitou o desafio alegando toque na mão de Lupo. Teve mesmo. Brasil largou na frente. Tadeu comemorou.

A Itália abriu 5 a 1, e ele parecia não acreditar no que estava acontecendo. Levou a mão à cabeça. Mas a angústia logo se transformou em alegria. Com gritos de “Vamoooooo!”, Alison e Bruno parece até que ouviram.

Os meaalhistas olimpicos, terão musica especial no Fantastico
Os medalhistas olímpicos, terão musica especial no Fantástico

Os brasileiros conseguiram reagir e viraram o jogo: 9 a 8. E em um saque que Alison desperdiçou, ele lamentou: “Aiiiii”. A aflição tomou conta quando os italianos fizeram 19 a 18. Ele baixou a cabeça. Mas durou apenas alguns minutos. Alison e Bruno ganharam o primeiro set por 21 a 19. Tadeu ficou de pé e aplaudiu.

No segundo set, o apresentador do “Fantástico” demonstrou confiança. Mesmo com Nicolai e Lupo na frente do placar: 8 a 5. Só que o capixaba e o brasiliense foram soberanos. Viraram para 16 a 15, e Tadeu só não pulou pela falta de espaço na arquibancada, que estava lotada apesar da chuva nesta sexta-feira. Ele festejou demais. Parecia prever o que estava por vir.

A medalha que faltava para a família Schmidt chegou. “É ouro, é ouro, é ouro!!!”, gritava ele. Um ouro mais do que especial por ser no berço do vôlei de praia, as areias de Copabacana. Alison e Bruno fecharam o segundo set em 21/17 para fazer Tadeu explodir de alegria e choro.

Amazonianaree-GE

 

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