Brasília – Congresso e o governo andaram mexendo nas regras da aposentadoria. E, depois de tantas mudanças, ficou muita dúvida sobre o que está valendo. É um sistema de pontos e progressivo. Agora, o trabalhador, quando for se aposentar, para ganhar o maior benefício pago pelo INSS, tem que somar a idade ao tempo de contribuição. A cada ano, o número de pontos aumenta.
Agora, o trabalhador tem que somar idade ao tempo de contribuição para se aposentar pelo teto. Soma aumentará progressivamente a partir de 2017.
Foram idas e vindas nas regras. Quem está planejando se aposentar acompanhou a confusão. O Congresso tentou criar uma nova regra. A presidente Dilma vetou. Na terça-feira (22), deputados e senadores mantiveram esse veto. Só que o governo já tinha criado uma outra fórmula.
“Não sei nem realmente qual é a regra que está valendo hoje”, diz o trabalhador Carlos.
Está valendo uma regra que é uma opção ao fator previdenciário.Para entender melhor, tenha em mente a sua idade e o tempo que você pagou o INSS. Some os dois e você terá pontos. Para mulher, tem que dar 85. Para homem, 95. Isso até dezembro do ano que vem, 2016, e para ter direito a aposentadoria integral.
Veja o caso do Seu Aloísio:
“Estou só esperando, estou com 35 de contribuição e 52 de idade”, diz.
Por essa fórmula, ele teria 87 pontos. Ainda não daria.
Em 2017 e 2018, o cálculo muda. A soma de idade mais tempo de contribuição tem que dar 86 para mulher e 96 para homem. Em 2019, 87 e 97. Até chegar a 2022 ,com 90 pontos para mulher e 100 pontos para homem.
E lembrando: o fator previdenciário ainda existe. Atingiu o tempo de contribuição, pode se aposentar, mas se não tiver a idade mínima, vai receber menos. Caso do Seu Aloísio. Para ele, é vantagem a nova fórmula.
Nos últimos meses, o trabalhador que queria se aposentar teve que lidar com a dificuldade de entender as novas regras e ainda teve a greve do INSS, que nem acabou. Ainda assim, o governo disse que quase 7,6 mil pessoas já se aposentaram por essa nova fórmula, que está prevista em uma Medida Provisória. Ou seja, está valendo, mas precisa ser votada pelo Congresso até o dia 21 de outubro para continuar sendo usada no cálculo dos benefícios.
Na quarta-feira (23) essas regras foram aprovadas por uma comissão de deputados e senadores, mas ainda precisam ser analisadas pelos plenários da Câmara e do Senado.
Amazonianarede-Sistema Globo
