‘Superlua azul de sangue’ oferece ao mundo e ilumina Manaus num raro e belo espetáculo

‘Superlua azul de sangue’ oferece ao mundo e ilumina Manaus num raro e belo espetáculo

Internacional – Acontecimento que combinou diversos fenômenos astronômicos pôde ser visto na América do Norte, Rússia e Ásia. No Brasil, apenas a superlua será visível

Internacional – Muito próxima, grande e “sanguínea”: um eclipse lunar total particularmente raro oferece nesta quarta-feira um espetáculo impressionante e visível em boa parte do planeta. O fenômeno foi batizado de “Superlua azul de sangue“.

Em plena noite, milhares de pessoas se reuniram na Califórnia para ver a Lua desaparecer, privada dos raios do Sol, antes de reaparecer tingida de vermelho, daí o nome de “lua de sangue”.

Ela também é chamada de “azul” por ser a segunda lua cheia em um mês – um nome que não se refere à cor da lua, mas sim à raridade do fenômeno, que ocorre em média a cada dois anos e meio. Já o “superlua” vem do fato de o satélite estar no perigeu, o ponto de sua trajetória mais próximo da Terra, podendo parecer até 30% maior e 14% mais brilhante.

Alguns esperaram mais de cinco horas na esperança de encontrar um bom lugar no Observatório Griffith, em Los Angeles, que abriu às 3h30 para receber 2.000 espectadores.

O eclipse começou por volta das 3h45 (9h45 de Brasília), com uma sombra escura avançando sobre a Lua branca. Uma hora depois, ela estava mergulhada na escuridão e então, à medida que se revelava novamente, tons de cobre coloriram sua superfície.

O show pode ser admirado da América do NorteRússiaÁsia e Oceano Pacífico. A maior parte da EuropaÁfrica e América do Sul, no entanto, não verão o eclipse – mas ainda poderão observar a superlua.

Na América do Norte, no Alasca ou Havaí, o eclipse foi visível antes do nascer do Sol. No Oriente Médio, Ásia, Rússia oriental, Austrália e na Nova Zelândia, o espetáculo acontecia no nascer da Lua, ao final da tarde de quarta-feira.

A tonalidade vermelha da lua, que não produz sua própria luz, resulta de um fenômeno luminoso: os raios do Sol que atravessam a atmosfera terrestre são “difundidos” (refletidos), com exceção dos raios vermelhos.

“A cor vermelha que aparece durante um eclipse lunar é muito especial, é um presente raro de poder observar uma lua de sangue”, ressalta Brian Rachford, professor associado de física da Universidade Americana de Embry-Riddle Aeronautical.

O eclipse ocorreu apenas 27 horas após a Lua ter atingido o ponto orbital mais próximo do nosso planeta, chamado perigeu. Apareceu um pouco maior do que o habitual, “cerca de 7% em relação a uma lua média, o que tornará mais fácil distinguir a olho nu as áreas escuras e os contrastes”, aponta o Observatório de Paris.

A última “superlua azul de sangue” ocorreu em 30 de dezembro de 1982 e foi visível na Europa, África e Ásia Ocidental. Na América do Norte a ocorrência é ainda mais antiga, há 152 anos, em 31 de março de 1866. O próximo fenômeno semelhante está agendado para 31 de janeiro de 2037.

Manaus

Na capital amazonense a superlua iluminou o céu de Manaus desta quarta-feira (31). Famílias que passearam na Ponta Negra durante a noite se surpreenderam com o tamanho do satélite natural do planeta.

O assistente administrativo Lucas Nunes, de 36 anos, passeou na Ponta Negra com a esposa e filho de 3 anos. Ele disse que havia notado uma diferença na lua, mas não sabia que o fenômeno aconteceria.

“Decidimos vir passear aqui hoje, trazer o nosso filho para andar de bicicleta. Ao chegar aqui, notei a diferença. Achei a ‘Superlua’ muito bonita. Está iluminando muito. O nosso passeio ficou ainda melhor”, disse Nunes.

O motorista Marcos Ribeiro, de 27 anos também decidiu passear com a família e se surpreendeu com o fenômeno.

“As pessoas estavam olhando, falando. Eu não sabia do que se tratava. Depois que descobrimos que era a ‘Superlua’. Sem dúvidas, está muito bonita e a escolha de passear nos fez poder vê-la”, afirmou o motorista.

Amazonianarede-Veja/AFP

 

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