Sul do Amazonas: dez prefeitos subscreveram a Carta de Humaitá

(Amazonianarede – AAM)

O conflito entre índios e brancos continua no sul do Amazonas e as autoridades trabalham há vários dias para solucionar o impasse e a paz e a tranquilidade voltarem à região.

Devido a isso prefeitos e representantes de 10 municípios que integram a região do Sul do Amazonas se reuniram na manhã desta terça-feira (14) com membros de órgãos estaduais e federais. Durante a reunião foi lançada a Carta de Humaitá, um documento que solicita a presença permanente da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF) na região.

Nas últimas semanas, o sul do estado vive dias de tensão. Após o desaparecimento de três homens – supostamente em um trecho da BR-320 (Rodovia Transamazônica), que corta a reserva dos índios Tenharim Marmelos – houve protestos violentos depredação de bens públicos e de instalações dentro da terra indígena.

Segundo informações da Associação Amazonense de Municípios (AAM), mais assinaturas serão coletadas em dois meses, a meta é conseguir 100 mil assinaturas entre a população dos municípios para reivindicar junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, providências que evitem novos conflitos na região.

Durante a reunião, em Humaitá, município situado a 590 km de Manaus, os prefeitos também defenderam a necessidade de redefinir os padrões e conceitos para demarcação de novas reservas indígenas.

A segunda proposta da Carta de Humaitá é a construção de uma linha de abastecimento de energia que interligue os municípios do Sul do Estado às usinas hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau,em Rondônia.

Conflitos

Os conflitos no sul do Amazonas começaram desde o dia 25 de dezembro, após o desaparecimento de três pessoas.

Luciano Freire, Aldeney Salvador e Stef Pinheiro, que sumiram no dia 16 de dezembro. Peças de um veículo foram encontradas, mas os três homens não foram localizados e as buscas pelos desaparecidos continuam em uma área de mata fechada dentro da reserva Tenharim.

No último dia 27 de dezembro, um grupo de não-índios ateou fogo em uma área de pedágio e casas de apoio localizadas em uma aldeia indígena. Após o início dos conflitos, 143 indígenas foram abrigados no 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá. A Justiça atendeu ação do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) determinou que o governo federal deve proteger os índios na terra da etnia Tenharim Marmelos, além de prestar auxílio na alimentação e saúde.

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