Suframa continuará em greve e Sindicato nega desabastecimento

Sindicato, matem a greve na Suframa e nega desabastecimento
Sindicato, matem a greve na Suframa e nega desabastecimento
Sindicato, matem a greve na Suframa e nega desabastecimento

Amazonas – Após o adiamento da votação ao veto da Medida Provisória 660, sobre plano de cargos e carreiras da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), servidores decidiram manter a greve. O Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindiframa) diz que, mesmo em situação de greve, itens essenciais como  alimentos e medicamentos vem sendo liberados normalmente pela autarquia e que não há desabastecimento no comércio de Manaus.

A greve acontece nas 14 unidades da Suframa, em cinco estados – Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. O movimento grevista dura mais de 40 dias.

O presidente do Sindiframa, Anderson Belchior, disse que o plano de carreira não prejudicaria o Governo Federal porque a reestruturação anual da autarquia é de R$ 32 milhões. Segundo ele, a arrecadação de 2014 foi de R$ 500 milhões, deixando um saldo positivo suficiente para arcar com um novo plano de cargos e carreiras aos servidores.

Ele falou também sobre uma proposta de transformar a Suframa em uma agência pública, que poderia permitir um aumento salarial aos trabalhadores. O Sindicato dos Servidores, segundo o presidente, é contra a medida.

Belchior informou que a greve vai permanecer até que o veto seja votado. No entanto, ele disse acreditar que a votação, que deve ocorrer no dia 14, deve ser favorável aos servidores.

Mercadorias

A greve causa lentidão na liberação de insumos nacionais e importados. Transportadoras  relataram retenção de produtos. No dia 17 de junho, o presidente da Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL-AM), Ralph Assayag, disse que há redução de fornecimentos em supermercados, restaurantes, lojas de peças, entre outros.

O presidente do Sindiframa contesta. “Nós fizemos uma pesquisa e verificamos que não existe esse desabastecimento que estão falando. Não estamos prejudicando. Esse tipo de falácia faz a sociedade ficar contra a gente. Nós não estamos em greve porque gostamos de greve, mas porque fomos obrigados pelo governo”, disse.

Liberação

Os postos de liberação das mercadorias, continuarão fechados
Os postos de liberação das mercadorias, continuarão fechados

Na terça-feira (30), o governador do Estado, José Melo, determinou que fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) voltem a assumir o desembaraço de mercadorias para atender o comércio e as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) durante a greve. De acordo com Belchior, os fiscais da Sefaz estão sendo auxiliados pelos servidores da Suframa, pois os sistemas estaduais e federais são diferentes.

“Há um desconforto. Eles já disseram que não gostariam de estar aqui, que não deveriam estar aqui, mas estão cumprindo uma portaria. Hoje, quem está fazendo o trabalho somos nós. Isso não enfraquece a greve, pelo contrário, mostra a importância da Suframa e dos servidores para o desenvolvimento regional”, afirma.

Votação adiada

A votação ao veto da MP660, marcada para a quarta-feira (1º), no Congresso Nacional foi adiada para o dia 14 de julho, por falta de quorum.

Para os senadores pelo Amazonas Vanessa Grazziontin (PCdoB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM) ainda é necessário angariar votos a favor da Suframa para a votação derrube o veto.

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