Software auxilia aprendizado de alunos da rede pública de ensino

Manaus – Não é de hoje que adolescentes gostam de jogos de computador e novidades no mundo virtual. Ao pensar nisso a professora coordenadora do Programa Ciência na Escola (PCE), Francianne Bertino, criou junto aos jovens cientistas da Escola Estadual Professor Roberto dos Santos, um software para auxiliar nas dificuldades em química.

Com o ensino por meio de compreensão lúdica houve melhoria na nota do alunos.

O jogo conhecido como CHONPSFI, é um software educacional para auxiliar na construção de conhecimento sobre química orgânica. As letras são as iniciais dos elementos químicos C- carbono, H- hidrogênio, O- oxigênio, N- nitrogênio, P- fósforo, S- enxofre, F- flúor e Cl- cloro.

Os estudantes observam o tipo de ligação química e classificam a figura com os elementos. O nível do jogo é elevado conforme os acertos do jogador.

Durante a implementação do projeto, Francianne percebeu a melhoria dos alunos nas notas, e o quanto o jogo auxiliou positivamente no aprendizado da equipe. A professora contou com financiamento do Governo do Amazonas, via Fundação de Amparo à Pesquisas do Estado do Amazonas (Fapeam) e a ajuda dos professores para conseguir desenvolver o jogo.

Na escola já é febre entre os jovens pesquisadores e chamou atenção de alunos de outras salas. Atualmente o software se tornou ferramenta para os alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio.

Funcionamento

O CHONPSCI possui gráficos e codificações simples. Segundo o estudante do 5º período de Ciência da computação, Tiago Egas, o jogo é um desafio para realizar a programação. “O usuário tem o espaço para colocar a entrada de dados, e dentro do código ele faz as checagens do que foi inserido e compara para dizer o que está certo ou errado caracterizando o jogo como desafio”.

Egas diz que o que torna o jogo mais especial é ter sido desenvolvido pelos alunos. “Apesar da simplicidade, o CHONPSCI é um jogo muito interessante e bem desenvolvido olhando o lado gráfico. Ele se torna especial por ter sido desenvolvido por alunos que buscam conhecimento próprio”.

Para o desenvolvedor de sistemas, Everton Gualberto, o jogo é uma forma de unir a tecnologia com química. “O game desenvolvido pelos alunos é uma forma inteligente de unir a química e a computação em um único ambiente, além de ampliar a visão dos jovens cientistas para áreas distintas. Esse tipo de ideia é importante pois diversifica o processo de aprendizagem por meio das diferentes ferramentas disponíveis na computação”.

Para a coordenadora, “O software é o empurrão que faltava para despertar a criatividade e conhecimento na química e na ciência da computação”.

Por: Luana Moura

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