Sistemas agroflorestais: Alternativa para sustentabilidade

(Por: Paula Vieira)

Extrativistas da etnia Munduruku e agricultores familiares da comunidade Nova Liberdade, município de Nova Olinda do Norte (a 135 quilômetros de Manaus) participaram no início de dezembro de um Curso sobre Sistemas Agroflorestais (SAF’s).

A atividade foi promovida pelo governo do Estado, por intermédio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), e teve como principal objetivo levar informações e conhecimentos baseados nos princípios da agroecologia.

Por meio de aulas teóricas e expositivas os participantes aprenderam à importância da utilização de técnicas que visam o uso sustentável dos recursos naturais como forma de minimizar o uso de agrotóxicos, garantindo a viabilidade econômica tanto para o agricultor quanto para o consumidor.

A capacitação foi ministrada pelo extensionista Bosco Gordiano do IDAM/Central e pelo técnico em agropecuária do IDAM/Nova Olinda do Norte, Marcos Antônio Santos.

Na oportunidade foi realizada uma Demonstração de Método (DM) sobre multiplicação de mudas de banana e tratamento das mudas. A atividade despertou ainda mais o interesse dos participantes para o plantio em SAF’s após uma visita a propriedade do agricultor Tadashi Oka, que trabalha há aproximadamente cinquenta anos com atividade agrícola e, hoje, possui uma área cultivada com mais de trinta espécies frutíferas.

“Foi muito enriquecedor ter tido a oportunidade de conhecer a propriedade do Sr. Oka, com sua experiência na atividade pude perceber a importância do SAF’s para a agricultura familiar”, disse o indígena Ocinês Laborda dos Santos.

No encerramento do curso o gerente da Unidade Local do IDAM/Nova Olinda do Norte, Vicente Filho, ressaltou a relevância de se trabalhar com as novas tecnologias que a agricultura proporciona. “Para se alcançar um objetivo é essencial estarmos organizados e informados”, finalizou.

Demonstração de Método – É uma atividade que propicia a utilização de uma técnica conhecida e comprovada, de forma objetiva e clara, pelo demonstrador, a uma pessoa ou a um grupo de pessoas que possua interesses comuns, com a finalidade de desenvolver destrezas e habilidades, uma vez que seu princípio básico é aprender a fazer fazendo.

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