Simulado Internacional para a Diplomacia ocorre na Ufam, de 4 a 8 de setembro

(Amazonianarede – UFAM)

De 4 a 8 de setembro, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sedia o III Mundi, modelo das Nações Unidas para a Diplomacia, que visa simular organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, a Organização Mundial de Saúde e a Organização do Tratado do Atlântico Norte Histórica.

Essas simulações ocorrem por todo o mundo, tendo a primeira sido realizada na Universidade de Harvard, na década de 20.

Nelas, os participantes, denominados delegados, assumem o papel de um diplomata, um chefe de Estado ou até mesmo representante de uma organização não-governamental para debater durante os quatro dias do evento problemáticas pré-estabelecidas em comitês, que representam os mais diversos organismos internacionais.

O MUNdi pretende instigar nos jovens o interesse político e a consciência social, além de promover um entendimento sobre a estrutura das relações internacionais que ocorrem no mundo e sobre os problemas que a ela pertencem. Ao longo de uma simulação, o delegado entra em contato com um tema mundial, tem oportunidade de defender um posicionamento e é inserido no contexto dos interesses internacionais, aprendendo a lidar com a política externa do país que representa e a compreender as dos demais presentes.

Por iniciativa de alunos do ensino médio, o projeto foi executado pela primeira vez em setembro de 2011. Em setembro de 2012, com o apoio docente da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a II edição do MUNdi pôde ser ampliada e ainda mais elaborada. Os debates tiveram a possibilidade de se tornarem cada vez mais envolventes, sobretudo tornando-se um evento integrador de acadêmicos de Ensino Médio e Ensino Superior.

As mais conhecidas simulações do país contam com o apoio de grandes universidades, como a Universidade de Brasília (UnB), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).

No Secretariado do evento, ou seja, na organização administrativa e acadêmica do evento como um todo, há três alunas do curso de Direito da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), um aluno do curso de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e um aluno do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

*Para outras informações e efetuar inscrição, acesse: www.mundi.ufam.edu.br 

Delegados

Uma simulação é um local propício para que as novas gerações debatam os rumos que estão sendo tomados pela comunidade internacional, num ambiente simulado que proporciona ao estudante pensar e escolher no que poderia ter sido diferente e no que ainda se pode mudar. O jovem é convidado a experimentar o exercício da diplomacia, depara-se com a força das palavras e dos acordos, desenvolve a oratória, exercita o poder de argumentação e vive horas intensas de debates.

Além disso, o delegado aprende as regras utilizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e como portar-se e pronunciar-se em público em um ambiente formal, de respeito e cooperação por um objetivo comum: a resolução da problemática em questão.

Quando se participa de um evento como esse, rompe-se a barreira do conformismo. O questionamento da realidade – seja no âmbito social, econômico, militar ou ambiental – é peça chave no desenvolvimento dos debates. O participante passa a perceber que possui voz, que suas ideias podem ser ouvidas e aceitas por outros delegados; ele tem a chance de tentar mudar, mesmo que apenas em teoria, aquilo que acha injusto, que não considera correto.

O delegado pode lutar, por exemplo, contra a fome na África, a repressão nos países do Oriente Médio e a violação dos direitos humanos de uma forma geral. Participar de um modelo das Nações Unidas é permitir-se olhar para a humanidade de maneira crítica, é deixar-se impressionar pelas mudanças que podem ser feitas para melhorar o mundo em que vivemos.

Um modelo, porém, não expõe apenas uma visão pacifista da sociedade. Durante os debates, os interesses particulares de cada nação se revelam. É possível, dessa forma, entender o porquê da não resolução de diversos conflitos no mundo em que vivemos. Motivos, principalmente, econômicos, territoriais e políticos,costumam ser para os países empecilhos para a elaboração de uma resolução satisfatória.

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