Semsa descarta surto de meningite em Manaus

08-09homeroManaus – O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, descartou nesta segunda-feira, 8, qualquer possibilidade de surto de meningite em Manaus, devido ao óbito na sexta-feira, 5, de um aluno de seis anos do Centro Educacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), localizado no Campos Elíseos, zona Centro-Oeste.

O secretário lembrou que Manaus teve redução de 71% no número de óbitos por meningite em 2014, comparado ao período de janeiro a agosto de 2013.

“Não existe epidemia. É apenas um caso isolado de meningite, que está dentro do nosso padrão epidemiológico, dentro do esperado”, assegurou Homero, acrescentando que em 2013 a Semsa registrou 124 casos de meningite bacteriana e viral em Manaus no período de janeiro a agosto, dos quais 14 evoluíram para óbito. Os números de 2014 apresentam uma redução de 42% de incidência da doença, ou seja, até agora foram registrados 71 casos com quatro mortes confirmadas.

Segundo o secretário, o caso do estudante configura clinicamente a meningite. A criança foi levada para o SPA da Redenção na quarta-feira, 4, e no dia seguinte foi removida para o Pronto Socorro da Compensa, na zona Oeste, onde foi a óbito. “O Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológico da Semsa fez um bloqueio epidemiológico assim que tomamos conhecimento do caso. Infelizmente a criança teve uma septicemia causada pela meningite e não resistiu”, assegurou Homero.

O secretário disse que todas as pessoas que tiveram contato direto com o aluno receberam medicação das equipes do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (DVAE), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), para conter, caso haja contaminação, o avanço da doença. “Não há que se fazer alarde. Iniciamos a quimioprofilaxia e tomamos todas as medidas necessárias para que a escola prossiga com suas atividades normais, já que a meningite não se pega no ambiente e sim no contato direto com a pessoa infectada pelo vírus, bactéria ou fungo, que pode não desenvolver a doença, mas pode transmitir para alguém que está com a imunidade baixa”.

Sobre a Meningite

Meningite é a inflamação das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, conhecidas coletivamente como meninges. A inflamação pode ser causada por infecções por vírus, bactérias ou outros micro-organismos e, menos comumente, por certas drogas. A meningite pode pôr em risco a vida em função da proximidade da inflamação com órgãos nobres do sistema nervoso central e por isso essa condição é classificada como uma emergência médica.

Os sintomas mais comuns de meningite são forte dor de cabeça e rigidez de nuca associados à febre alta, confusão mental, alteração do nível de consciência, vômitos e a intolerância à luz (fotofobia) ou a sons altos (fonofobia). Algumas vezes, especialmente em crianças pequenas, somente sintomas inespecíficos podem estar presentes, como irritabilidade e sonolência. A presença de uma erupção cutânea pode indicar um caso particular de meningite; a causada por bactérias do tipo meningococos.

Uma punção lombar pode ser usada para diagnosticar ou excluir um quadro de meningite. O procedimento envolve a inserção de uma agulha no canal medular para extração de uma amostra de líquor, o líquido que envolve o encéfalo e a medula espinhal. O líquido coletado é, em seguida, examinado em um laboratório. O tratamento habitual para a meningite é a pronta administração de antibióticos e, por vezes, fármacos antivirais. Em algumas situações, corticóides podem ser usados para prevenir complicações da inflamação hiperativa. A meningite pode ter complicações sérias a longo prazo como epilepsia, hidrocefalia e déficit cognitivo, especialmente se não tratada rapidamente.

Algumas formas de meningite, como aquelas associadas com meningococo, Haemophilus influenzae tipo B, pneumococo ou vírus da caxumba, podem ser prevenidas através da vacinação, em crianças de até dois anos.

Reportagem: Cláudia Barbosa

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