Secretário Sérgio Fontes em vídeo se posiciona contra a onda de boatos por homicídios na capital

Em vídeo encaminhado a mídia, o secretário de segurança Sérgio Fontes, critica a onda de boatos sobre os recentes homicídios em Manaus
Em vídeo encaminhado a mídia, o secretário de segurança Sérgio Fontes, critica a onda de boatos sobre os recentes homicídios em Manaus
Em vídeo encaminhado a mídia, o secretário de segurança Sérgio Fontes, critica a onda de boatos sobre os recentes homicídios em Manaus

Amazonas – A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) divulgou nesta terça-feira (21) um vídeo em que o titular da pasta, Sérgio Fontes, alerta sobre o que ele considera boatos envolvendo a série de homicídios registrados em Manaus. Na mensagem gravada, Fontes diz para a população desconfiar de qualquer informação repassada via redes sociais.

No total, 35 homicídios foram registrados desde a noite de sexta-feira (17) até a manhã de segunda (20) na capital. Grande parte dos assassinatos aconteceu nas Zonas Leste e Oeste.

“Desconfie dessas informações”, disse o secretário no vídeo divulgado na página oficial da SSP-AM em uma rede social. “Apenas o Secretário de Segurança está autorizado a falar sobre o sistema”, enfatizou.

“Verificamos que algumas dessas mensagens trazem supostas alusões à figura desse signatário, do comando geral, do delegado geral ou do comandante da PM. Nós estamos trabalhando e, se houver necessidade de dar uma aviso à toda a população, eu, pessoalmente como estou fazendo, virei até os senhores e senhoras para dar essa notícia”, afirmou.

Ao fim do vídeo, Fontes pediu que informações para ajudar na elucidação dos crimes ocorridos em Manaus podem ser passadas pelo número 181.

Fontes informou que o Governador José Melo realizou uma reunião na manhã desta terça com toda a cúpula de segurança do Estado.

Mortes
Conforme levantamento, a maior parte dos homicídios registrados em Manaus em três dias ocorreu nas Zonas Leste e Oeste da capital. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), 21 dos 35 homicídios ocorreram nestes dois pontos, sendo 12 na Zona Leste e nove na Oeste. Os bairros com maior número de homicídios foram Santa Etelvina, Zumbi, Tarumã e Compensa. Em cada um destes locais, foram registradas três mortes. (veja mapa abaixo)

O delegado-geral da Polícia Civil, Orlando Amaral, afirmou ao G1, na tarde de segunda-feira (20), que números parciais da investigação indicam que oito vítimas de homicídios registrados têm passagem confirmada pela polícia por crimes de roubo, furto e tráfico de drogas. O delegado não divulgou quem são os mortos que têm ficha na polícia e disse que esse número se refere a investigação dos homicídios ocorridos na madrugada de sábado (18).

Famílias que perderam parentes buscam respostas para a onda de violência que atingiu a capital nos últimos dias.

“Queremos um mundo sem violência”, dizia um cartaz exposto em frente à residência de uma das vítimas, no Bairro Compensa 2, na Zona Oeste de Manaus.

“No momento, estamos nos sentindo presos e refugiados – e não merecemos isso”, relatou um parente de Júlio César de Oliveira Bentes, de 40 anos, foi assassinado na madrugada do sábado (18).

Investigação

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse  no domingo (19), que policiais militares e civis estão nas ruas da capital para ajudar nas investigações dos homicídios registrados na cidade.

Fontes suspeita que os homicídios possam ter uma motivação única e disse que a polícia está elaborando um mapa para ajudar na investigação.

O secretário de Segurança Pública também afirmou que não há como saber se os  assassinatos registrados neste domingo têm relação com a série de homicídios ocorrida entre sexta-feira e sábado. “A princípio, não tem nenhuma relação. Não sabemos nem quais dos 21 homicídios [registrados até sábado] estão ligados entre si”, declarou.

Suspeita

Na segunda (20), o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), Fábio Monteiro disse suspeitar que a série de mortes registradas em Manaus possa ter relação com a existência de um grupo de extermínio. Monteiro considerou a situação “preocupante” e disse que irá se reunir com órgãos de segurança.

O procurador-geral considerou o número de mortes “preocupante e inaceitável”. “A situação é grave e absurda. Evidentemente, o Ministério Público estará monitorando para responsabilizar quem tiver que ser responsabilizado. Não interessa se é facção criminosa ou policial militar. O que interessa é que a população não pode ficar sem uma resposta”, disse.

Monteiro explicou ainda que o procedimento adotado pelo Ministério Público será reunir as “forças” para apurar os assassinatos.

“Irei acionar o secretário de Segurança e designar promotores de Justiça para acompanhar em conjunto os procedimentos que a própria SSP está tomando. Entendo que é extremamente importante, e todos nós temos a responsabilidade com as políticas de segurança pública”, justificou o procurador-geral.

Uma operação de segurança foi realizada na madrugada desta terça-feira (21) para conter a onda de assassinatos registrados em Manaus no último final de semana. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), com o apoio das polícias Civil e Militar, enviou mais de 700 policiais para os locais onde ocorreram os crimes.

140 policiais, divididos em grupos de três, foram designados para a operação em todos os locais onde ocorreram os homicídios.

“O resultado da operação foi obtido, não tivemos nenhum homicídio de segunda para terça. As ações se limitaram a ter presença nas ruas para que a violência diminuísse e nesse sentido obtivemos sucesso”, disse Fontes.

Durante o reforço na fiscalização, foram feitas abordagens em carros e motos por todas as zonas da cidade. Um helicóptero também foi usado para patrulhar as ruas.

Amazonianarede-G1

 

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