Rodoviários recuam e suspendem paralisação que ocorreria hoje

O motivo da paralisação é o não pagamento do reajuste anual da categoria
O presidente da entidade afirmou que o indicativo de greve foi suspenso para ‘evitar servir de massa de manobra’ para os empresários dos transportes coletivos
Segundo o STTRM, a greve foi suspensa para ‘evitar servir de massa de manobra’ para os empresários dos transportes coletivos

MANAUS, AM – O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM) desistiu de realizar uma ‘greve geral e por tempo indeterminado’ da categoria, que começaria nesta segunda-feira (7). Na sexta-feira passada, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) foi notificado pelo STTRM sobre uma paralisação de 100% da frota de 1.400 veículos de transportes coletivos da cidade, que atende diariamente 1,2 milhões de passageiros.

Mas o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou neste domingo (6) que a entidade suspendeu o indicativo de greve para ‘evitar servir de massa de manobra’ para os proprietários das empresas de transportes coletivos. Oliveira acusa os empresários do ramo de incitar os funcionários a entrarem em greve para pressionar a Prefeitura de Manaus por um reajuste na tarifa de ônibus usando como alegação a falta de recursos para atender as reivindicações dos rodoviários.

“Nossa diretoria fez uma avaliação, no sábado à noite, e mesmo com a categoria prejudicada uma greve nesse momento seria ruim para a nossa imagem. Até porque se a Prefeitura ceder (ao reajuste da tarifa), todo o peso das consequências dessa greve pode cair nas costas dos rodoviários. Não quero carregar esse peso e o nome de fazer greve para forçar um aumento na passagem (de ônibus)”, declarou Oliveira.

Com a suspensão da greve geral, o Sindicato dos Rodoviários planeja acionar o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tentar ‘algum tipo de multa por dano moral’ às empresas, que são acusadas pela entidade de atrasos nos pagamentos de salários. “Há cinco meses, as empresas atrasam pagamentos ao alegar falta de subsídios. Também não pagam pelos feriados que trabalhamos, não temos fardamento e nem transporte especial para levar os funcionários para casa à noite, quando a frota não está mais circulando”, disse Givancir Oliveira.

Se a paralisação dos rodoviários tivesse sido mantida para esta segunda-feira, o Sinetram já tinha garantido no TRT, no último sábado, uma liminar obrigando a circulação de 70% da frota de transportes coletivos de Manaus, cerca de 980 veículos. “Entramos na sexta-feira mesmo com um recurso no TRT e a decisão da Justiça do Trabalho saiu no sábado de manhã. Caso houvesse descumprimento da liminar, o Sindicato dos Rodoviários seria multado em R$ 50 mil por hora”, explicou o advogado e assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges.

amazonianarede-d24am

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