Rio Branco: Vereador se licencia por suposto envolvimento em prostituição

Vereador Fernando Martins - PCdoB

Vereador Fernando Martins - PCdoB

Amazonianarede – A Gazeta do AC

O vereador Fernando Martins (PCdoB) se licenciou do partido por ter sido formalmente acusado em favorecer prostituição de adolescentes constatada na Operação Delivery. “Eu surpreendi a todos na Câmara ontem, inclusive ao próprio PCdoB”, disse o vereador, por telefone.

O vereador foi interrogado na terça-feira e fez o anúncio do afastamento do partido na sessão de ontem da Câmara de Rio Branco. “Não quero ser protegido”, afirmou ao telefone, raciocinando que, desta forma, afasta qualquer possibilidade de interferência política em seu julgamento.

De acordo com a assessoria da Câmara de Vereadores, o parlamentar argumentou que não precisaria ser protegido por partido ou pela Frente Popular. “Não quero ser protegido”, afirmou. “Eu gosto de enfrentar as batalhas”.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o líder do Partido dos Trabalhadores e líder do prefeito Marcus Alexandre, vereador Gabriel Forneck (PT) apoiou a declaração do colega parlamentar.

Na Assembleia, a repercussão das declarações do vereador foi imediata. Logo após o pronunciamento na tribuna da Câmara, o presidente do PCdoB no Acre, deputado Moisés Diniz, convocou uma entrevista coletiva.

Aos jornalistas presentes, o presidente do partido comunista classificou como “corajosa” a postura do vereador. “Antes, nós não tínhamos como nos pronunciar de nenhuma forma porque eram apenas informações de bastidores e nenhum partido se pronuncia no disse me disse”, afirmou.

“O que é mais consistente é a decisão dele de se despir da capa de proteção partidária”, avaliou o presidente do PCdoB. Diniz tomou a postura mais incisiva caso o parlamentar não consiga provar inocência. “Se ele for condenado, será expulso do partido com certeza”. “O partido não vai tolerar, seja quem for”.

Dois acusados serão ouvidos por carta-precatória

Dois, dos 22 acusados de favorecimento de prostituição de adolescentes vão ser ouvidos por meio de carta precatória. São pessoas que não estão em Rio Branco, mas respondem em juízo em outro estado.

O resultado das declarações por carta-precatória tem 30 dias para chegar à 2ª Vara de Infância e Juventude e ser anexado ao processo.

Ontem, mais quatro pessoas foram ouvidas pelo juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Romário Divino. O empresário e ex-deputado federal Narciso Mendes foi o primeiro a depor.

Logo após, Jardel Lima Nogueira, apontado como líder dos agenciadores. Na sequência, Ramadan Kalil e George Cruijff.

No dia 18 de fevereiro, serão interrogados os acusados Adálio Cordeiro, Francinei de Oliveira Contreira e Greice Maria Vasconcelos de Almeida.

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