Rio – Em 20 anos de história, os capítulos parecem se misturar. Mas, desde o primeiro confronto, Rio de Janeiro e Osasco se acostumaram a reescrever o enredo de um clássico. Neste domingo, na Arena da Barra, as duas equipes foram à quadra mais uma vez para decidir a Superliga. E, se os personagens mudam, o time de Bernardinho se acostumou a ter no grupo a sua maior força. Foi assim, sem uma estrela principal, mas com a garra de todo um time, que o Rio voltou a fazer história.
Em duelo marcado por reviravoltas, as cariocas venceram o Osasco por 3 sets a 2, parciais 25/19, 22/25, 25/22, 18/25 e 15/6. Em sua 13ª final seguida, o Rio chega ao 12º título de sua história e se firma cada vez mais como maior potência do vôlei nacional.
A torcida ainda preenchia as arquibancadas quando Gabi marcou o primeiro ponto para o Rio. As cariocas tiveram um início melhor. Aposta de Bernardinho para a partida, Drussyla soltou o braço e fez 4/1. Do outro lado, Luizomar de Moura parou o jogo pela primeira vez. A vantagem das donas da casa, porém, logo aumentou. No ataque de Monique, Rio já vencia por 7/2.
Osasco tomou gás e lutou para tirar a diferença. Bjelica marcou primeiro, Malesevic acertou o saque logo depois. O placar, então, marcava 11/10 para as cariocas, e foi a vez de Bernardinho parar a partida. Na volta, Tandara deixou tudo igual, e a torcida paulista se empolgou. Melhor jogadora do Osasco em toda a Superliga, também foi a ponteira que colocou as paulistas à frente pela primeira vez, em ace (15/15). Não demorou, porém, para que o Rio retomasse o controle. Depois de bloqueio de Roberta e Carol, o time da casa abriu 18/15. Luizomar parou a partida mais uma vez, Osasco tentou voltar aos trilhos, mas a reação parou nas mãos de Juciely. Em três bloqueios seguidos, a central fechou a conta do primeiro set: 25/19.
Rio abre vantagem
Rio abriu vantagem logo no início do segundo set. Com uma ajudinha do juiz, é verdade. Em ataque do Osasco, a bola desviou em Drussyla, mas o ponto foi para o time da casa. As visitantes, porém, não se abalaram. Bjelica deixou tudo igual em 6/6, mas o Rio voltou a disparar. No ataque de Carol, a diferença subiu para 11/7. Só que Osasco voltou a crescer e chegou ao empate depois de bloqueio de Tandara (12/12).
As visitantes tomaram a frente depois de ataque para fora de Drussyla, fazendo 15/14. Àquela altura, nenhum dos times conseguia abrir vantagem. Na alternância no placar, Rio se aproximou da vitória na parcial no ataque para fora de Bjelica (22/21). Luizomar pediu tempo e tentou dar fôlego ao time. Deu certo. O árbitro viu desvio no bloqueio de Roberta em ataque de Gabi. Apesar da reclamação das cariocas, Osasco tomou a frente para não sair mais. Tandara, vindo de trás, soltou o braço para fechar o set: 25/23.
Nati aproveitou a bola limpa, depois de recepção errada de Gabi, para abrir a contagem no terceiro set. Mas Carol, com dois aces seguidos, fez o Rio abrir 3/1. Era um jogo equilibrado, mas o Rio conseguiu desgrudar no placar. As cariocas marcaram três vezes seguidas e abriam 8/5. Luizomar pediu tempo e, mais uma vez, acertou a casa. Osasco recuperou o ritmo e chegou ao empate. Foi a vez de Bernardinho parar o jogo.
Drussyla, aos poucos, apareceu mais para a partida. Em belo ataque, fez o Rio voltar a abrir três pontos de vantagem (12/9). Mas nenhuma diferença se mantinha por muito tempo. Depois de erro das cariocas, Osasco chegou ao empate mais uma vez, em 15/15.
A virada veio em pancada de Tandara, sem chances para o outro lado. Bia ampliou, e Bernardinho pediu tempo. O Rio voltou a crescer. Juciely igualou o placar em bloqueio; Drussyla levou o time à frente em ataque pela ponta. Na reta final do set, Bjelica soltou o braço e igualou o placar mais uma vez, em 22/22. Mas foi o Rio quem fechou a conta: Monique, no bloqueio, fez 25/22.
O Osasco precisava lutar para se manter vivo. No retorno à quadra, o time paulista disparou. Depois de erro do Rio, as visitantes abriram 8/4, e Bernardinho pediu tempo. As donas da casa, então, acordaram. Tiraram a diferença e ficaram a um ponto do empate. Mas Paula Borgo, em uma pancada, voltou a fazer a vantagem crescer para três pontos (10/7). Não parou por aí. Gabi marcou no ace, Nati parou Carol no bloqueio, e Osasco fez 12/7. Bernardinho parou a partida mais uma vez e tentou acordar seu time.
Osasco, porém, se manteve ligado. Ampliou a diferença para 16/9, e Bernardinho mexeu. Mandou Anne à quadra no lugar de Gabi. Camila Adão e Helô também entraram na inversão. As alterações, porém, pouco surtiram efeito. As cariocas até ensaiaram uma reação, mas o caminho era muito longo para virar. Em 25/28, as paulistas forçaram o tie-break.
De volta à quadra, Gabi, em uma pancada, abriu a contagem para o Rio. Paula Borgo, do outro lado, respondeu da mesma forma. Não demorou, porém, para que as cariocas disparassem. Juciely, uma das melhores da manhã de domingo, cresceu ainda mais no jogo e fez o placar subir para 7/2. A partir dali, era o Osasco quem parecia sem forças para tirar a diferença. Ponto a ponto, Rio caminhou tranquilo para o seu 12º título: 15/6.
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