Mais de 800 mil pescadores do município de Caapiranga participaram hoje (14), pela manhã, da reunião convocada pela Federação dos Pescadores do Amazonas (Fepesca). No encontro foram discutidos temas como atualizações e alterações estatutárias da Colônia de Pescadores de Caapiranga e da Fepesca.
A reunião também serviu para os pescadores tirarem dúvidas sobre a regularização de milhares de Carteiras de Pescador que foram suspensas pelo Governo Federal. Com a suspensão das carteiras, milhares de pescadores do Amazonas ficaram impossibilitados de receber o seguro defeso.
Durante a reunião, o presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), Walzenir Falcão, conversou com os trabalhadores e fez um balanço das atividades da CNPA ao longo de 2016.
Walzenir lembrou das ações de combate à fraude no pagamento do seguro defeso para falsos pescadores. Segundo ele, existem pessoas que jamais entraram num barco de pesca e, mesmo assim, recebem ilegalmente o benefício.
“Recebemos denúncias que empresários, moto taxistas, políticos e até pastores evangélicos recebem o seguro-defeso como se fossem pescadores”, denuncia Walzenir. “Temos que acabar com as fraudes, pois a classe dos pescadores merece respeito”, acrescentou.
Para combater as fraudes, a Fepesca e a CNPA iniciaram um recadastramento de pescadores no Amazonas. A medida servirá de modelo para outros Estados do País. A proposta é que os números obtidos no Amazonas sirvam de “espelho” para os dados coletados pela Secretaria Nacional da Pesca.
O presidente da Colônia de Pescadores de Caapiranga, Ilson Macena, ressaltou a importância da pesca para a economia do município de Caapiranga. Segundo Ilson, os pescadores são importantes não apenas pela oferta de alimento aos moradores, mas também pela circulação de renda e geração de empregos no município.
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