Retrógrada, CBF entregará calendário de 2015 quase sem modificações

28-07cbfRio de Janeiro, RJ – O amadorismo e a politicagem de José Maria Marin e Marco Polo Del Nero no comando da CBF parece não ter fim. Todos os pedidos para um calendário mais flexível, com mais jogos para os clubes do interior e mais tempo de pré-temporada para os jogadores da elite não serviram de nada. Nos próximos dias a entidade entregará às Federações Estaduais o calendário de 2015 praticamente sem modificações.

Os Estaduais foram muito criticados neste ano. Sem apoio de muitas Federações, os clubes do interior se viram acuados e já prejudicados com a Lei Pelé, se viram tendo que fazer jogos contra os times da capital sem receberam as mesmas cotas de direito de transmissão. Ainda assim, alguns dirigentes conseguiram milagres e em curto espaço de tempo vencer os “poderosos”, casos de Ituano, em São Paulo e Londrina, no Paraná.

A principal crítica à CBF, porém, veio do Movimento Bom Senso F.C. Grupo formado por jogadores que atuam na elite e que, portanto, defende a classe de jogadores que jogam nas duas principais divisões do país (Série A e Série B), os líderes pediram mais tempo de pré-temporada, campeonatos mais curtos e que permitam um rendimento maior, esquecendo-se que a maioria dos jogadores de futebol do Brasil jogam apenas quatro meses no ano (durante os Estaduais).

O calendário que será entregue pela CBF nos próximos dias incluirá as mesmas competições de 2014 (incluindo a Copa Verde e a Copa do Nordeste), mas fará com que os Estaduais iniciem-se mais tarde. Ao contrário do que aconteceu neste ano, espera-se que as competições oficiais comessem em fevereiro. Com a Copa do Mundo, as Federações foram obrigadas a iniciar os seus campeonatos em janeiro.

A atitude da CBF mais uma vez é feita de forma política, beneficiando os clubes da elite, que ajudaram e apoiaram, em sua maioria, a eleição de Del Nero para a presidência no início deste ano. Os chamados pequenos, que já foram praticamente deixados de lado com a criação da Lei Pelé, ficam de escanteio, jogam menos e com recursos inferiores.

ESCUDO

As recentes determinações da CBF demonstram uma tentativa de seus dirigentes de se protegerem de qualquer ação. Depois do vexame da Copa do Mundo, um verdadeiro reflexo do que se tornou o futebol brasileiro com cartolas que ficam dezenas de anos no poder, a entidade contratou um técnico mal visto pelos brasileiros para assumir a Seleção, para que todas as culpas de um futuro fracasso caiam sobre ele.

Agora, buscando acalmar os ânimos dos clubes e jogadores do Brasileirão, ela montará um calendário praticamente sem modificações, mas que agrada, ainda que de leve, alguns de seus atuais críticos.

Fonte: FI

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