
Manaus – A Arena da Amazônia recebeu apenas um jogo entre times amazonenses em 2014. Para o ano seguinte, a promessa era de calendário cheio. Prova disso é que 15 jogos do estadual foram marcados para o estádio da Copa.
No entanto, o cenário projetado para 2015 é o mesmo. O primeiro jogo marcado para a Arena, o clássico entre Nacional e Rio Negro, foi transferido para a Colina. Motivo? O Nacional alega não ter dinheiro para custear as despesas da Arena.
E esta não é uma decisão isolada. Com exceção da final, todos os outros jogos marcados para o estádio devem ser cancelados. “Só de quadro móvel o nosso gasto seria de R$ 12,5 mil.
Não é que seja caro, mas o espetáculo não tem público suficiente para pagar esse custo”, explicou o presidente do Nacional, Mário Cortez. Estima-se que o gasto mínimo de um jogo na Arena apenas com quadro móvel e o pagamento de funcionários seja de R$ 25 mil. Mas as despesas não param por aí.
Os clubes locais perdem cerca de 33% da renda bruta dos jogos na Arena com despesas de aluguel do estádio, INSS e taxa destinada à Federação Amazonense de Futebol (FAF).
“O quadro móvel é relativamente barato, mas a receita é muito pequena em um evento do campeonato [estadual]. O jogo se torna deficitário”, complementou Cortez. O presidente do Nacional também informou que todos os mandos de campo da equipe na Arena da Amazônia pelo estadual serão cancelados.
O ‘Leão’ joga na Arena neste domingo (22), porém em compromisso pela Copa Verde, contra o Vilhena. “Naturalmente [o jogo] deve dar prejuízo, mas nós temos interesse em fazer lá [na Arena] porque é uma competição nacional.
Queremos passar de fase e enfrentar o próximo adversário, que deve ser o Paysandu. E aí nós teremos a motivação do público local [em ir para a Arena] por ser uma rivalidade em uma competição nacional”, explicou Cortez.
Amazonianarede-Portal Amazônia