Manaus, AM – Quem, circula de carro ou a pé pelas ruas de Manaus é comum encontrar centenas de crianças nos semáforos, trabalhando, realizando malabarismo ou vendendo coisas e com isso, deixando de realizar as coisas naturais como brincar e estudar, prejudicado a sua vida em vários sentidos.
Para tenta acabar com essa anormalidade, o governo do estado iniciou pela zona leste um ação com esse objetivo. “Cada criança desta em cada sinaleira é uma acusação dura e firme contra o governante e a própria sociedade!”.
Com essas palavras, o governador Amazonino Mendes lançou, na tarde da última sexta-feira (15/12), a colônia de férias “De Férias Sim, na Rua Não”.
Esta colônia de férias faz parte do Projeto “Sinaleiras”, programa inédito do Governo do Estado em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), Prefeitura de Manaus e com a Associação Beneficente O Pequeno Nazareno, para combater o trabalho infantil.
Começou na Colônia Antônio Aleixo
O lançamento ocorreu no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste da cidade, onde estão cerca de 70% das crianças e adolescentes identificadas em situação de trabalho infantil, nos cruzamentos da capital.
A partir desta segunda-feira (18/12), até o dia 26 de janeiro de 2018, as secretarias estaduais desembarcarão, juntamente com os outros órgãos envolvidos, na Escola Estadual Gilberto Mestrinho, mesmo bairro, levando cidadania, esporte, lazer, e oportunidades de geração de emprego e renda às famílias e crianças e jovens que serão alcançadas pelo projeto. Trabalho durante a infância causa dano irreparável, afirma especialista
Trabalho integrado
Segundo o governador, a iniciativa conta com todo o apoio do Governo do Estado, com a coordenação das secretarias da Segurança Pública (SSP-AM) e de Assistência Social (Seas) e do Fundo de Promoção Social. Os cursos, palestras, entre outras ações, estão integradas no projeto pioneiro no Amazonas.
De acordo com o vice-governador e secretário da Segurança Pública Bosco Saraiva, as ações buscam diminuir o número de crianças e adolescentes com direitos violados pela exploração do trabalho infantil e a exploração à mendicância.
A secretária da Assistência Social, Auxiliadora Abrantes, informou que o projeto iniciou-se pela colônia, após um diagnóstico que constatou que das 78 crianças flagradas atuando nos semáforos da capital, 54 eram moradoras do bairro.
Amazonianarede/RT