Manaus – O Programa Água Para Todos, executado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SDS), já atendeu, até o final do último mês de junho, sete mil famílias em 16 municípios do interior do Amazonas, com a instalação de sistemas de captação de água de chuvas em comunidades ribeirinhas do Estado. O programa é financiado pelo Governo Federal, por meio de convênio com o Ministério da Integração Nacional.
O programa tem previsão de execução até 2018 e vai atender a todos os 62 municípios do Amazonas. Está prevista a implantação de três tipos de tecnologia para levar água potável às famílias de comunidades rurais. As tecnologias a serem implantadas são a captação de água da chuva, que já está sendo executada, perfuração de poços, e captação e tratamento da água dos rios.
A execução da primeira fase do programa, que teve um financiamento de R$ 44 milhões, sendo R$ 4 milhões de contrapartida do Governo do Estado, foi iniciada em 2013, com a identificação e cadastramento de dez mil famílias de comunidades rurais das calhas dos rios Amazonas, Solimões, Purus e Rio Negro, e, a partir de julho do mesmo ano, com a implantação do sistema de cisternas.
De acordo com o coordenador do programa, Luiz Andrade, a meta dessa primeira etapa do projeto é, até o mês de novembro, ter atendido a todas as dez mil famílias identificadas nas comunidades ribeirinhas. Além das cisternas, estão sendo construídas 400 unidades de captação coletiva nessas comunidades.
Luiz Andrade explica que, até o final deste ano, a segunda fase da primeira etapa começará a ser implantada. “Após a finalização dessa primeira etapa, em novembro, vamos submeter em dezembro uma nova proposta para já iniciarmos a segunda fase da construção das unidades de captação de chuva, para atendermos comunidades das calhas dos rios Juruá, Alto Solimões e Madeira”.
O coordenador destaca que além da inclusão social de famílias que nunca tiveram um sistema de abastecimento de água e que, muitas vezes, passam parte do ano isoladas por conta do período de estiagem, o objetivo do programa é reduzir a incidência de doenças transmitidas por meio do consumo de água contaminada. “O foco do projeto é levar água potável para o consumo e assim reduzir os casos de doenças, como hepatite e verminoses que atingem a população ribeirinha”.
São instaladas nas residências um sistema de tubulação que realiza a captação da água da chuva, além da construção de cisternas de 2 mil litros de água, de acordo com a quantidade de pessoas que compõe cada família. O trabalho é realizado também em casas flutuantes, onde o reservatório instalado tem a capacidade reduzida para 500 litros de água.
Outras tecnologias
Ainda em 2014 será iniciada a primeira fase de perfuração de poços artesianos. Serão 300 sistemas de captação, que serão implantados em 32 municípios e vão beneficiar 12,5 mil famílias, que já foram identificadas e cadastradas. Até a segunda quinzena de agosto, a SDS deve assinar o convênio para receber os R$ 20 milhões, referentes à primeira parcela desse convênio, cujo valor total é de R$ 40 milhões.
Em 2015, o cronograma da secretaria prevê a continuação da segunda etapa da implantação de unidades de captação de chuva, implantação da primeira etapa de captação dos poços e iniciar a captação da água dos rios, com a construção de unidades de tratamento, que vai beneficiar um número maior de famílias.
Critérios para o programa
O projeto tem finalidade de promover a universalização do acesso à água para consumo humano das famílias rurais que vivem com uma renda per capta abaixo de R$ 140, em condições de vulnerabilidade social e/ou extrema pobreza, bem como, famílias mais susceptíveis ao isolamento durante o período de seca.
Foto – Nathalie Brasil / Agecom
