Professores fazem manifestação

Manifestação dos professores
Manifestação dos professores

Manaus – Um grupo de professores realiza protesto na Avenida Brasil, bairro Compensa, na manhã de ontem, (27). Os manifestantes pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial, além de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb

Os professores apontaram a superlotação de salas de aulas como outro problema. Os manifestantes também reivindicam a realização de eleições diretas para gestores das escolas.

“Queremos o reajuste salarial real de 20%, auxílio-alimentação por turno e não por CPF como é hoje e a diminuição de alunos por sala. Hoje, temos salas com 40, 50 alunos e isso é prejudicial para o professor e para o aluno. Não há didática que possa ser aplicada em uma turma tão grande e que permita a todos os alunos o aprendizado”, criticou um professor da rede estadual de ensino.

Um professor da rede municipal reclamou de não convocação de aprovados em outro processo, o da Secretaria Municipal de Educação (Semed). “Tem várias escolas começando o ano letivo sem professor e ficou proibida a carga horária dobrada. Aí, para resolver, a Semed coloca terceirizados e não convoca os aprovados. O slogan a nível nacional é de ‘pátria educadora’, mas como se faz uma pátria educadora sem valorizar o profissional de educação?”, questionou. “O receio é que as cooperativas estejam fazendo pressão para não tirar os terceirizados e que, mesmo depois de aprovadas, essas pessoas não sejam convocadas”, afirmou outra professora.

Os professores iniciaram a manifestação na sede do Governo Estadual e seguiram para a Prefeitura. Segundo informações do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), o protesto causou lentidão no trânsito da área.

Em contato com a Semed e a Seduc sobre as reivindicações dos professores. Em nota, a pasta municipal informou que não foi comunicada oficialmente sobre a manifestação. ” Em relação às reivindicações salariais da categoria, a secretaria informa que a data base é no dia 1° maio. No ano passado, os educadores da rede municipal tiveram reajuste de 10%, acima da inflação do período.

Semd:Data base é em maio

O piso salarial do professor de 40 horas, divulgado em janeiro deste ano pelo Ministério da Educação (MEC), foi atualizado para R$ 1.917,78. Porém, o salário inicial de um professor de 40 horas da Semed é de R$ 3.379,75; 76,2% superior ao piso nacional (R$1.461,97 a mais). Em relação ao concurso público feito em 2014, houve 1.145 aprovados, dos quais somente 930 tomaram posse.

Para o início do ano letivo de 2015, houve necessidade de convocação de professores aprovados em Processo Seletivo Simplificado (PSS), visto que nem todas as vagas disponíveis em concurso público foram preenchidas. A Semed comunica, ainda, que fará a convocação de 150 pedagogos aprovados em concurso no primeiro semestre deste ano”, disse a nota.

Seduc: Dentro do Prazo

Já a Seduc afirmou que a pasta tem um ano – a partir de 4 de fevereiro, quando foi homologado o concurso – para convocar os aprovados. A assessoria acrescentou que o processo objetivando a convocação dos profissionais aprovados no último concurso público da Seduc encontra-se na Casa Civil e que, após trâmite, será homologado e serão iniciadas as convocações, de acordo com a necessidade do órgão.

Sobre reajuste salariais para os trabalhadores da Educação estadual, a assessoria da Seduc citou que o mês da data-base na qual são realizados, anualmente, reajustes para a classe é o mês de março. “Acerca do último reajuste concedido pelo Governo do Estado, no último ano (2014) a todos os servidores públicos estaduais da educação foi concedido aumento de 10% em seus vencimentos salariais, sendo 5,67% desde maio passado do ano passado e os 4,33% desde janeiro deste ano”, continou a nota.

A Seduc informou ainda que em atendimento a pleito de mais de 20 anos o Governo do Estado passou a conceder desde o último mês de janeiro, também na forma da lei, o benefício de vale-alimentação, mensalmente, de R$ 220,00 para todos os servidores públicos estaduais da educação, que somam mais de 26 mil pessoas.

“Em benefício dos servidores realizou a revisão completa do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do órgão, assegurando, por lei, benefícios até então inéditos para a classe dos profissionais da Educação, como garantias de melhores remunerações por tempo de serviço (progressão horizontal), melhores remunerações por aquisição de pós-graduações (progressão vertical), inclusão de servidores de nível fundamental (tais como merendeiros) no referido Plano de Cargos, dentre outros benefícios até então inéditos”, disse a nota.

Quanto às demais reivindicações, a assessoria da Seduc informou que elas serão discutidas com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), que é o órgão legítimo de representação dos educadores do Estado.

Amazonianarede-TVAM

 

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