Brasília – A queda de braço entre a presidente Dilma Rousseff e o PT poderá adiar a conclusão da montagem do novo ministério, esperada para a tarde desta segunda-feira.
Depois da insatisfação com as escolhas da presidente para as pastas da Educação e das Relações Institucionais, o PT agora reivindica o comando do Ministério do Trabalho, prometido ao PDT.
O controle da pasta do Trabalho, que atrai o interesse das centrais sindicais, é apontado pelo PT como uma compensação pela indicação do ex-governador Cid Gomes, do Pros, para a Educação. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o PT também não aprovou a escolha do gaúcho Pepe Vargas para a articulação política do governo. Vargas integra a corrente petista Democracia Socialista, minoritária no partido – a maioria da bancada no Congresso integra a corrente Construindo um Novo Brasil.
O atual articulador político, ministro Ricardo Berzoini, deve ser anunciado titular das Comunicações para tentar impor um projeto ao Congresso pela regulação da mídia, sonho antigo do PT.
Dilma já loteou onze pastas para seis partidos aliados: PMDB, PRB, Pros, PCdoB, PTB e PSD. Em Brasília, a expectativa é que a presidente também contemple o PP, que perdeu o cobiçado ministério das Cidades, entregue ao ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). O partido deve ficar com a Integração Nacional.
Confira a lista completa de nomeados:
Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia)
Cid Gomes (Educação)
Edinho Araújo (Secretaria de Portos)
Eduardo Braga (Minas e Energia)
Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil)
George Hilton (Esporte)
Gilberto Kassab (Cidades)
Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca)
Jaques Wagner (Defesa)
Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)
Valdir Simão (Controladoria Geral da União)
Vinicius Lajes (Turismo)
Por: Folha de S. Paulo