Prefeitura oferece atendimento para recém-nascido de alto risco

16-01bebeA Prefeitura de Manaus está oferecendo acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para bebês que nascem prematuros ou apresentam alguma situação de alto risco à saúde e precisam de cuidados intensivos na maternidade.

O acompanhamento é realizado em nove UBSs da rede municipal de saúde, distribuídas nas zonas Norte, Leste, Oeste e Sul, onde foram instalados Ambulatórios de Seguimento de Bebês de Cuidados Especiais.

O público-alvo são bebês de alto risco que foram atendidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, em Unidades de Cuidado Intermediário Convencional Neonatal e em Unidades de Cuidado Intermediário Canguru Neonatal nas maternidades de Manaus.

O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, explica que o acompanhamento começa ainda dentro da maternidade, quando a criança e seus pais estão sendo preparados para a alta hospitalar.

“O atendimento especializado ao recém-nascido de risco é uma determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, que prioriza a saúde da criança. O trabalho é realizado em equipe e envolve todos os profissionais que trabalham na maternidade. O acompanhamento tem continuidade em um dos nove Ambulatórios de Seguimento, que estão vinculados a uma maternidade”, explica o secretário.

A enfermeira Mara Varela, do Núcleo de Saúde da Criança e Adolescente da Semsa, destaca que dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc/Semsa) mostram que, em média, 7% a 8% das crianças que nascem são bebês de risco. “Para atender esse público na Atenção Primária, a Semsa capacitou equipes multiprofissionais formadas por médico pediatra, enfermeiro, técnico de enfermagem, assistente social e psicólogo para atendimento nos Ambulatórios de Seguimento”, informa Mara Valera.

O acompanhamento de bebês prematuros nos Ambulatórios de Seguimento deve ser realizado por um período de dois a três anos, quando as possíveis sequelas graves do desenvolvimento já terão sido detectadas pelos profissionais de saúde, proporcionando os cuidados necessários para garantir uma melhor qualidade de vida à criança.

Mara Varela ressalta ainda que o acompanhamento também tem o objetivo de reforçar a relação pais/bebê, fragilizada pelo medo que os pais sentem, muitas vezes de forma inconscientemente, ao estabelecer uma ligação com uma criança que corre um maior risco de morrer. “Após a alta da maternidade, o trabalho de promoção da ligação entre os pais e a criança deverá ser continuado. O momento da primeira consulta na Unidade de Saúde é importante porque os pais estão inseguros, com muitas dúvidas e preocupados com todos os cuidados que seus bebês necessitam quando nascem prematuros”, explica a enfermeira.

Além do apoio à família, a equipe do Ambulatório de Seguimento deve dar continuidade ao tratamento iniciado na UTI Neonatal, reavaliando as medicações, reforçando as orientações, revendo os exames e encaminhando ao médico especialista quando há necessidade. Também é feito o acompanhamento para avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.

Texto: Eurivânia Galúcio

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