Por não pagar conta de luz, governo deixa produtores do Alto Acre à míngua

José Sabino da Silva, atual presidente da Capeb
José Sabino da Silva, atual presidente da Capeb
José Sabino da Silva, atual presidente da Capeb

Rio Branco, AC – O armazém da antiga Companhia de Armazéns Gerais e Entreposto do Acre – Cageacre, localizado em Brasiléia, está abandonado pelo Estado. O mesmo que foi inaugurado no início de 1970, deveria estar servindo os produtores da regional do Alto Acre, onde poderiam beneficiar o arroz, café, milho, entre outras produções do homem do campo.

Segundo a denúncia feita pelo atual gestor do posto, o senhor José Sabino da Silva, atual presidente da Capeb, o governo do Acre não paga a energia desde 2010. Por entender que o prédio não seria mais de sua responsabilidade, uma vez que o patrimônio é do INSS.

O enorme armazém, vem guardando de tudo um pouco. Veículos e móveis sucateados do Estado e Município, além de sacas de sementes abandonadas pelos gestores dos sindicatos rurais, como Rosildo e Carlota que deveriam ter sido distribuídos aos colonos há tempos atrás, se estragaram por não pagarem as taxas de armazenamento.

Sabino está a frente do armazém a cerca de cinco anos e já não vê mais com bons olhos em ficar cuidando de um lugar que não tem apoio de quem deveria. “Ano passado eu fiz ofício ao gabinete do governador e nunca tivemos resposta…”, desabafa.

Diz ainda que os produtores de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri estão deixando de plantar café, arroz, feijão e outros, para trocar por pasto, pois já não estão tendo estimulo para continuar, a não ser para sua subsistência.

A última conta foi paga em 2010, no valor aproximadamente de R$ 2.383 reais. Desde então, se acredita que a dívida possa estar em cerca de R$ 50 mil reais, e pela falta do pagamento, a Eletrobrás fez o corte do fornecimento, deixando o prédio sem luz e as máquinas paradas.

A arrecadação feita pelo armazenamento não é suficiente para pagar sequer os funcionários necessários. Seu Sabino não tem salário e paga do próprio bolso, a passagem para sair de sua casa localizada na zona rural e voltar e pretende ficar à frente do armazém, somente até o final do ano e entregar.

Por: Alexandre Lima – O Alto Acre

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