
Dez policiais iitares estão presos na Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram presos na manhã desta terça-feira (8), em Manaus. Eles são suspeitos de participar do desaparecimento de dois homens e uma mulher no bairro São José, na Zona Leste da capital. A Polícia Civil investiga se as pessoas desaparecidas foram mortas e tiveram os corpos ocultados. Há indícios de que provas de crimes foram destruídas.
Dois aspirantes, dois cabos, dois sargentos e quatro soldados estão entre os presos. Todos estavam de plantão no dia do desaparecimento. Os mandados de prisão temporários são válidos por cinco dias e podem ser prorrogados por igual período.
Na manhã desta terça (8) também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão.
O coronel PM Hidelberto Santos informou que eles serão mantidos sob custódia e isolados entre si. Os oficiais devem ser encaminhados ao Antigo Batalhão de Guarda e os aspirantes serão levados para o Comando Metropolitano. A divisão acontece devido à hierarquia.
As medidas cautelares foram pedidas diante do cenário de destruição de provas envolvendo os principais suspeitos, informou o Corregedor Geral de Segurança Pública, Leandro Almada.
As supostas provas eliminadas e a identidade dos policiais detidos não foram apresentadas pela polícia para não atrapalhar a investigação. “Temos indícios de destruição de provas e tudo indica para homicídio. Mas não é a destruição de cadáver que torna o crime perfeito”, disse.
Depoimentos
Almada também disse durante coletiva de imprensa que os policiais militares foram ouvidos antes de serem presos. Segundo ele, foram encontradas inconsistências e contradições nos depoimentos dos suspeitos. Ele disse que o caso é isolado, porém alguns dos investigados possuem antecedentes parecidos na carreira.
O corregedor informou que não descarta nenhuma hipótese de investigação para solucionar o crime. Uma delas é a possível ligação entre os PMs e as vítimas e que a abordagem do trio não foi aleatória. Essa relação não foi divulgada. Também é investigada uma suposta ameaça feita por uma das vítimas a um policial militar.
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, Daniel Leão, a equipe de investigação está trabalhando no caso desde o dia do fato. Ele contou que no dia das eleições (30) recebeu, por volta de 2h30 da manhã, uma sandália com vestígios de sangue e uma cápsula de munição da PM deflagrada.
Os objetos levados pelo pai de uma das vítimas foram encontrados na região onde o trio desapareceu. Eles serão periciados e o sangue do pai foi coletado para comparar com o material genético do sangue encontrado na sandália. Contudo, Leão disse que não é possível concluir se o calçado pertence a uma das vítimas.
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