Pivô de cassação de José Melo diz que é alvo de processo com “provas forjadas”

Nair Blair disse que trocou seus antigos advogados por não estar satisfeita com a atuação deles
Nair Blair disse que trocou seus antigos advogados por não estar satisfeita com a atuação deles
Nair Blair disse que trocou seus antigos advogados por não estar satisfeita com a atuação deles

MANAUS, AM – Pivô do ação que cassou o mandato do governador José Melo (Pros) e do vice-governador Henrique Oliveira (SD), a empresária Nair Blair afirmou que é vítima de um processo com provas forjadas. “Não houve crime, não existiu compra de votos  e estou disposta a ir até as últimas consequências para provar isso na Justiça. Eu não sei a quem pode interessar esse processo, mas foi forjado. Eu estou em Manaus há dois anos obrigada pela Justiça”,  disse. 

A declaração foi dada na tarde desta quinta-feira, durante coletiva de imprensa no Blue Tree Hotel, localizado no bairro Adrianópolis.  O processo em que Melo foi cassado é de autoria da coligação “Renovação e Experiência”, encabeçada pelo atual senador Eduardo Braga, que denunciou suposta compra de votos a favor do governador José Melo, apontando Nair Blair como responsável por uma “empresa-fantasma” que recebeu verba pública ilegalmente destinada à captação ilícita de sufrágio.

“Nunca estive com o governador José Melo, nunca trabalhei na campanha dele. E a partir de hoje eu estou destituindo os advogados que trabalharam comigo até aqui, por não estar satisfeita com o serviço prestado por eles”, anunciou.

A Polícia Federal apreendeu R$ 11,7 mil e documentos que incluíam notas ficas, listas de eleitores e recibos com assinaturas de Blair e do irmão do governador, Evandro Melo. Evandro foi quem coordenou a campanha de Melo nas eleições de 2014.”O que aconteceu entre mim e a Polícia Federal foi algo desagradável. A PF sabe que não houve crime. Foi tudo gravado, e não entendo porque eles não mostram isso”.

Nair Blair afirmou que irá pedir a revisão do processo em que é citada na Justiça Eleitoral.  No dia 10 de Março de 2015,  em entrevista ao jornal A CRÍTICA, Melo negou que recibos exibidos em matéria do programa Fantástico (Rede Globo) que o acusou de comprar votos nas eleições de 2014, pertençam à contabilidade da campanha dele. “Qualquer pessoa poderia fazer aquilo (recibo). Nenhum dos recibos tem qualquer assinatura”, disse Melo na ocasião.

O irmão do governador, Evandro Melo, que coordenou a campanha de Melo, foi apontado pela reportagem como uma das pessoas ligadas ao suposto esquema que teria assinado recibos de dinheiro repassado a eleitores em troca de votos. Melo negou. “Nenhum dos recibos tem qualquer assinatura, seja dele (Evandro Melo), seja minha, ou seja de qualquer outra pessoa ligada ao meu comitê”, afirmou o governador.

Entenda o caso

A empresária Nair Queiroz Blair, presidente da Agência Nacional de Segurança e Defesa (ANSD), foi presa pela Polícia Federal durante a campanha de 2014, sob a acusação de compra de voto para o então candidato ao Governo do Amazonas, José Melo (Pros). Na ocasião, a Polícia Federal apreendeu R$ 11,7 mil e documentos que incluíam notas ficas, listas de eleitores e recibos com assinaturas de Blair e do irmão do governador, Evandro Melo.

Segundo a denúncia formalizada na Justiça Eleitoral pela coligação do também então candidato ao governo Eduardo Braga (PMDB), a ANSD recebeu R$ 1 milhão do Estado para prestar serviços durante os jogos da Copa do Mundo, mas o dinheiro foi usado para cooptar eleitores.

A ação resultou na cassação do mandato de Melo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), em janeiro deste ano. O governador segue no cargo por força de recurso, que ainda não foi julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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