Piscicultura é novo viés para fortalecer a produção e economia no PA Tarumã Mirim

Ao centro, o assentado Amaral, apresenta os tanques aos visitantes
Ao centro, o assentado Amaral, apresenta os tanques aos visitantes
Ao centro, o assentado Amaral, ladeado pelos agrônomos Ronaldo Santos e Leoni Santos, numa visita informal ao assentamento

Manaus – Acompanhada do engenheir0s-agrônomos Ronaldo Santos, e Leoni Santos, a reportagem do portal Amazonianarede  visitou o Projeto de Assentamento do Incra,  Tarumã Mirim, situado numa área considerada semi-urbano, devido a sua proximidade com a cidade de Manaus e ligado através da BR-714, entra entre as bacias dos rios Tarumã Mirim e Açu, com uma área de 42.910,7601 há. 

Criado  em 1992, com um área de 42.910,7601 ha Hectares, possui 1.079 lotes,  com 956 cadastros, o PA Tarumã Mirim é um dos maiores do Estado

O PA mantém uma razoável produção de frutas, verduras, hortaliças, aves etc que é escoado para Manaus, o grande mercado consumidor. No início  da sua história, o projeto se caracterizou pela produção danosa de carvão vegetal ilegal, até por uma questão de sobrevivência dos assentadas, aos poucos  a consciência ambiental foi absorvida no assentamento e hoje essa prática  é quase nula, com os assentados se dedicando  a produção sustentável , numa clara demonstração de a , a reforma agrária  agrária pode e deve caminhar de mãos dadas com a natureza.

Novo viés

Nessa visita, constatamos que o PA Tarumã Mirim, que conta com escolas,  postos de saúde, associações comunitárias, luz para todos,  e o seu principal ramal (Pauto Rosa), asfaltado, constatamos que o Assentamento Tarumã Mirim, descobriu um novo viés à sua socioeconomia, com a chegada em larga escala da piscicultura, principalmente, com a criação de tambaqui, pirapitinga e matrinxã, três  espécies das mais consumidos  peixes no Amazonas.

Nas idas e vindas pelos ramais do assentamento, observamos que já existem mais de cem criadores de peixes, com grandes tanques nos lotes, com os assentados demonstrando cofiança e sonhando  com um futuro melhor, por isso, o trabalho é feito com muito esmero e dedicação, mesmo esbarrando em algumas dificuldades, como financeiro, para abreviar os empreendimentos.

Na hora de alimentar os peixes  os patos penetras, entram em ação
Na hora de alimentar os peixes os patos penetras, entram em ação

Nessa caminhada elos ramais,  fomos recebidos no lote do  assentado Francisco das Chagas Amaral, um piauiensense, nascido no município de Pirarucuca, meio-sertão,  radicado há muitos  anos no Amazonas, que resolveu promover uma mudança radical na sua  caminhada pelas estradas da vida e como no seu estado natal, também acompanhou o seu saudoso pai na criação de caprinos e como sempre foi um ser apaixonado ela vida do campo, teve uma oportunidade e não pensou duas vezes. Deixou a construção e trocou os bodes pelos peixes de água doce da Amazônia e hoje distribuí sorridos de felicidade.

Já legalmente assentado pelo INCRA no PA Tarumã Mirim, há 11 anos, Amaral, hoje um autodidata no trato da piscicultura, enquanto aguardávamos  o almoço que era prepara pela sua esposa, D. Adriana, com peixes retirados do seu próprio viveiro, Amaral  abriu um pouco o seu livro da vida e nos contou um pouco da sua história, cheia de altos e baixos, mas garante que a partir de agora, na sua história de vida só terá subidas  e não mais ladeiras de descida.

Para provar que ainda tem saudade dos caprinos, Amaral, hoje com 60 anos de vida e muitas histórias, mantém no seu lote, alguns podes para lembrar a terra natal, acompanhados de galinhas, gansos, patos e muitos cães vira-latas, que movimentam a propriedade, quando os peixes na  surdina  aguardam   a hora da chegada da ração, que na hora, ainda dividem com os apresentados patos, gansos e galinhas.

Tranquilidade e sonhos

Para matar a saudade do nordeste, Amaral cria alguns bodes
Para matar a saudade do nordeste, Amaral cria alguns bodes

O semblante do assentado Francisco  das Chagas Amaral é de um homem feliz e inteiramente de bem com a vida, perto dos seus milhares de peixes e na tranquilidade o lote ao lado da esposa Adriana, que apesar de urbana se acostumou rapidamente a vida rural.

Satisfeit0 com o andamento do seu novo projeto de vida, baseado na piscicultura, nos  mostrou os seis tanques, hoje  com milhares de peixes, sendo preparados para chegar ao mercado  dento de pouco tempo e garante que esse é caminho, segundo  ele, “é muito melhor, do que criar gado, cujo o retorno é mais rápido, menos trabalhoso,  basta que se tome alguns cuidados básicos,    esperar a despesca  e encaminhar a produção para o mercado” – garantiu.

Nove toneladas

Amaral está no assentamento há 11 anos, mas a sua história com piscicultura começou apenas a um ano e os resultados iniciais são promissores e animadores.

Fumando seu cigarrinho de tabacão, o piscicultor, enquanto aguardava a peixada, falou um pouco da expectativa futura da nova atividade. No assentamento há 11 anos, a atividade com a criação de peixes começou apenas e um ano e projeta para este ano um produção de 9 toneladas de pescado, com média de 3 kg a unidade, o que deverá resultar num faturamento entre R$ 60 e 70 mil.

Após a festa da despeças, o produto será encaminhada para o grande mercado consumidor que é Manaus, que hoje ainda recebe uma grande quantidade de pecado de criadores dos Estados de Roraima e Rondônia.

Na hora se jogar a ração, á agua do tanque fica agitada
Na hora de jogar a ração, á agua do tanque fica agitada

Para mais adiante, o piscicultor, garante que vai construir mais seis viveiros e com isso, duplicar a sua produção de tambaqui e pirapitinga (Parente de tambaqui)  e acrescentar na sua coleção a criação de matrinxãs.

Turismo

Pensando como um empreendedor, o   assentado espera num futuro próximo abrir um pequeno restaurante e um pesque-pague, para atender o turismo e aumentar um pouco a sua renda. Esse projeto ainda está apenas na cabeça, que  deverá ser viabilizado em breve.

Além disso, ele pensa também abrir postos de vendas direta do produtor ao consumidor  em pontos estratégicos da capital.

Ainda falando em termos de futuro, Amaral disse não ter nenhuma dúvida que dentro de pouco tempo o Assentamento Tarumã Mirim, será  um grande produtor de pescado no Amazonas.

 Olhos do dono

Vivendo intensamente o seu lote, Amaral garante que os olhos do dono ajudam no crescimento e na engorda do peixe.  “O trabalho não é difícil, mas é necessário muita atenção e cuidados para que tudo corra bem e se reflita  na  produção de um peixe de qualidade”.

Reafirmou a necessidade de cuidado com a água, a alimentação de qualidade e na hora certa, atenção especial na operação  despesca.

Com relação às dificuldades, fala da luta para conseguir financiamentos bancários, até pelos juros altos, do difícil acesso nos ramais, que sofreram muito com o inverno. mas  garante também, que com dedicação e trabalho essas dificuldades vão sendo superadas.

No momento, estão crescendo e engordando nos espaçosos tanques, 3 mil peixes, que consomem mensalmente 70 sacos de ração.

Redação, Osny Araújo

 

 

 

 

 

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