PF descarta ajuda ao homem que atacou Bolsonaro  e não  foi pago pelo esfaqueamento

PF descarta ajuda ao homem que atacou Bolsonaro  e não  foi pago pelo esfaqueamento

Brasil – A Policia Federal descarta depósitos suspeitos na conta de Adélio Bispo, responsável por esfaquear o  presidenciável Jair Bolsonaro no começo deste mês, em Juiz de Fora, no interior de Minas. Com isso, a PF afasta a hipótese de que Adélio tenha recebido qualquer tipo de pagamento em suas contas para executar o crime.

As informações foram repassadas durante uma entrevista dada pelo Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da PF em Minas Gerais, Rodrigo Morais. Responsável por chefiar as investigações, Morais esteve nesse sábado (22) em Brasília, onde se reuniu com o Delegado Geral da Corporação, Rogério Galloro. As informações foram confirmadas por nossa reportagem junto à assessoria de imprensa da Policia Federal, nesse domingo (23).

Os investigadores concluíram que os valores encontrados na conta do agressor tem origem “sustentável”, de uma rescisão trabalhista, e de remuneração pelo período que trabalhou como garçom.

Com isso, segundo a PF, Adélio tinha condições financeiras suficientes para pagar, de forma antecipada, a pensão onde ele estava hospedado. Já o cartão de crédito internacional encontrado com Adélio nunca foi utilizado e, segundo a investigação, foi emitido automaticamente pelo banco em que o agressor tem uma conta-sálario referente ao período em que trabalhou em uma empresa.

Segundo a PF, o computador pessoal de Adélio é antigo e estava quebrado, e havia sido utilizado pela última vez em 2017. A corporação também concluiu que dos quatro celulares encontrados com o agressor, somente dois funcionavam e nenhum deles foi comprado dias antes do ataque a Bolsonaro.

Conforme o inquérito, Adélio optou por utilizar uma faca para cometer o crime por causa da habilidade que ele tinha com o instrumento, adquirida por meio de um trabalho que exerceu em um açougue na cidade de Curitiba, no Paraná. Na lâmina da faca, de cerca de 20 centímetros, peritos encontraram traços de DNA de Jair Bolsonaro, o que prova que o objeto foi utilizado no crime. Segundo a PF, Adélio já tinha a faca alguns meses antes de atacar o presidenciável.

Investigação

Os policiais federais também investigaram pessoas que supostamente seriam cúmplices de Adélio e poderiam ter repassado a faca ao agressor. Porém, essas suspeitas foram descartadas até o momento.

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Procurada pela BandNews FM, a defesa de Adélio disse que não teve acesso às investigações da Polícia Federal sobre o ataque. Mas o advogado Fernando Magalhães disse que essas informações reforçam a versão da defesa de que Adélio agiu sozinho.

Adélio é defendido atualmente por quatro advogados que insistem em não revelar quem está os pagando para defender o agressor.

Na semana passada, a PF pediu a prorrogação do inquérito aberto no dia do crime. Segundo delegado regional de combate ao crime organizado da PF em Minas Gerais, Rodrigo Morais, o inquérito que investiga o ataque deve ser concluído até a próxima sexta-feira, dia 28.

Mas, um segundo inquérito será aberto para investigar o possível envolvimento de terceiros no crime, mesmo que até o momento não exista nenhuma indicação que isso tenha acontecido. Segundo o delegado, o novo prazo servirá para corporação analisar com cautela informações obtidas mensagens, aplicativos, telefones e computadores – que teriam sido utilizados por Adélio em uma lan house da cidade.

O agressor está preso em um presidio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul enquanto o candidato Jair Bolsonaro segue internado em um hospital particular em São Paulo.

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