Peixes-boi soltos na RDS Piagaçu, voltam numa boa à natureza

De volta à natureza, os animais estão sendo monitorados se readaptam muto bem a vida antig antiga e livre

 

De volta à natureza, os animais estão sendo monitorados se readaptam muto bem a vida antig antiga e livre
De volta à natureza, os animais estão sendo monitorados se readaptam muto bem a vida antiga antiga e livre. No momento o equipamento ara o monitoramento está sendo colocado.

Amazônia- Os quatro peixes-boi devolvidos ao seu habitat natural em fevereiro pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTIC), e pela Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), batem recorde de sobrevivência.

O local escolhido para a soltura foi estratégico, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Piagaçu-Purus que fica a 70km de Beruri (AM) e registra uma incidência significante dos mamíferos.

De acordo com o colaborador da Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), Diogo de Souza, Já são seis meses desde a devolução desses animais ao habitat natural. “Consideramos um recorde. O grupo já se dispersou, o deslocamento chega em média de 1,5km por dia, e eles já tem contato com peixes-boi selvagens”, explicou.

A preocupação atual da equipe é a situação da vazante do rio. “Aparentemente esses animais não têm percepção de inundação, cheia ou seca”, revelou o Diogo, acrescentando que o monitoramento tem sido feito pela equipe do projeto, comunitários da região que costumavam realizar a caça ilegal da espécie antes da chegada do projeto no local.

Reintrodução à natureza

Souza, conta que a devolução dos animais à natureza faz parte das ações desenvolvidas pela Ampa que atua desde 1974 em parceria com o Inpa. “Não queremos manter um animal ameaçado de extinção confinado, então a ideia sempre foi devolver para a natureza” contou o biólogo, que trabalha há mais de dez anos com a espécie.

O número de peixes-boi sob os cuidados do Inpa representa atualmente 60 animais. A média anual é de dez animais resgatados. O animal chega até a instituição por meio de denúncias e apreensões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Ambiental.

De acordo com o biólogo, os animais, ao chegarem, recebem cuidados veterinários e alimentação adequada, permanecendo nos tanques do Instituto por aproximadamente cinco anos. Em seguida, são levados para o semi-cativeiro: um lago de 13 hectares localizado no município de Manacapuru (AM).

“O semi-cativeiro é uma fase de pré-soltura, o qual criamos em 2008 quando percebemos que ao tirá-los dos tanques e reintroduzir direto na natureza eles apresentariam enormes dificuldades de adaptação” conta o biólogo sobre a primeira reintrodução de animais, acrescentando que “dos quatro peixes-bois devolvidos ao Rio Negro dois vieram a óbito, um perdeu o cinto transmissor e o último foi resgatado abaixo do peso e levado para reabilitação”.

Com a situação, foi necessário revisar o procedimento de reintrodução desenvolvido pela Associação. “No período de 2010 a 2015 revisamos o protocolo, criamos o semi-cativeiro e desde então os animais que saem dos tanques do Inpa são levados até lá de barco por meio de piscinas de água” relatou Souza, contando que o transporte durou cerca de dezoito horas.

Primeiro Grupo

Após três anos no semi-cativeiro, o grupo formado por três peixes-boi machos e uma fêmea foi devolvido em fevereiro aos rios. Na nadadeira caudal dos animais foi acoplado um cinto de monitoramento, por meio dele é possível avaliar a adaptação dos mamíferos nas áreas que exploraram, oferta de alimento e também a presença da ação humana.

O biólogo destaca que há quatro anos a Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) recebe patrocínio da Petrobrás, o que potencializou o alcance das ações de Educação Ambiental e Comunicação do projeto. “Com a visibilidade do projeto, ficou mais fácil a aproximação da população ao projeto, percebemos que as pessoas estão mais sensíveis a causa e denunciam a caça ilegal” finaliza.

 

Amazomnianarde-INPA

 

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