Pedido de Cassação de Xinaik chega à Câmara de Iranduba

Pedido de cassação do prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros, já está na Câmara
Pedido de cassação do prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros, já está na Câmara
Pedido de cassação do prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros, já está na Câmara

Iranduba, AM – A Câmara Municipal de Iranduba, aceitou nesta terça-feira (17) pedido de cassação do Prefeito da cidade, Xinaik Medeiros, que estap preso na capital, suspeito de comandar um esquema de desvio de verbas públicas e fraudes em licitações. Ele foi detido na operação “Cauxi”.

O pedido, protocolado pelo Conselho de Cidadão de Iranduba, foi aceito por unanimidade. Na sessão, um decreto Federal que regulamenta a cassação foi lido. Em seguida, parlamentares formaram uma comissão composta por três vereadores, que vai dar andamento ao processo. O prazo para um parecer é de no máximo 90 dias.

O vereador Ernandes Rocha, presidente da Comissão, disse  que vai aguardar a publicação do decreto que irá constituir a comissão. Segundo ele, os procedimentos iniciais devem ocorrer em até cinco dias. “Nós vamos acompanhar o rito do decreto 201, que é claro: nós temos que dar ciência ao prefeito, de que há um processo tramitando, para que ele possa fazer a defesa prévia”, disse à Rede Amazônica. Dos 13 vereadores, nove estavam presentes na sessão, que foi presidida pelo vice Francisco Elaine (PSD).

Três vereadores da Casa foram presos pela Polícia Federal, durante a “Operação Dízimo”, na segunda-feira (16). O presidente da Câmara também está afastado. A sessão desta terça ocorreu sob protesto de moradores. Do lado de fora da Câmara, manifestantes pediam o fim da corrupção em Iranduba.

Até o fim da manhã desta terça, um abaixo-assinado, organizado pela Conselho de Cidadão de Iranduba, havia contabilizado 3 mil assinaturas.

Prefeito preso
O prefeito da cidade de Iranduba, Xinaik Silva Medeiros, foi preso pela Polícia Civil no dia 10, em Manaus, por suspeita de integrar um esquema de desvio de dinheiro e fraudes em licitações na Prefeitura do município.

O desvio ultrapassa R$ 56 milhões em recursos municipais e estaduais. A prisão ocorreu durante a operação “Cauxi”, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas. Ele deve ser encaminhado ao Comando de Policiamento Especializado (CPE).

Câmara de Iranduba, se organizada para analisar pedido de cassação do prefeito afastado, Xinaik Medeiros, acusado de corrupção
Câmara de Iranduba, se organizada para analisar pedido de cassação do prefeito afastado, Xinaik Medeiros, acusado de corrupção

Medeiros foi detido após comparecer à sede do Ministério para prestar depoimento sobre as supostas fraudes. A polícia fez buscas na residência dele, em Iranduba, mas o gestor municipal não foi localizado no local. Horas depois, advogados de defesa comunicaram que ele iria se apresentar ao órgão.

Além do prefeito, foram presos, David Queiroz, secretário de Finanças; Nádia Medeiros, tesoureira do Fundo municipal de Saúde, irmã do prefeito, além de Edu Corrêa, presidente da Comissão Geral de Licitação.

Operação Dízimo
Na segunda-feira (16), a operação “Dízimo”, deflagrada pela Polícia Federal do Amazonas (PF-AM), prendeu suspeitos de desviar verbas de contratos federais no município de Iranduba. Entre os envolvidos, dois suspeitos que haviam sido presos na Operação Cauxi, receberam voz de prisão novamente. Além deles, foram presos um vereador, empresários e assessores.

Ainda de acordo com PF-AM, a organização criminosa é composta por vereadores, secretários municipais, funcionários públicos municipais e empresários que atuam de forma estruturada, com divisão de tarefas e intensa movimentação financeira.

Foram presos, dois secretários da Prefeitura, o Presidente da Comissão Geral de Licitação (CGL), dois assessores, um vereador e um empresário.

A PF-AM decidiu não divulgar o nome de todos os envolvidos, porém, confirmou que o secretário de Finanças de Iranduba, Davi Queiroz, e ex-presidente da CGL, Edu Corrêa de Souza, que haviam sido presos na Operação Cauxi, foram presos novamente. Investigações apontam que Queiroz seria responsável pelo colhimento da propina que era paga pelos empresários.

Amazonianarede-Rede Amazônica

 

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