Oposição critica Dilma e apresenta propostas alternativas ao Governo Federal

Brasília – A oposição brasileira não gostou de ter ficado fora das conversas do Governo Federal, tratando as questões que estão provocando a onda de manifestações no país, apenas com os aliados, desrespeitando os milhões de brasileiros que votarão e votam nos partidos de oposição.

A insatisfação foi demonstrada em forte pronunciamento no Senado feito pelo senador mineiro e presidenciável Aécio Neves, que fez um elenco de propostas alternativas ao Governo Dilma, inclusive com a redução de 39 para apenas 22 ministérios e ainda a diminuição dos cargos comissionados e auditoria nas obras da Copa do Mundo de 2014.

Os partidos de oposição apresentaram nessa terça-feira (25) um conjunto de propostas alternativas àquelas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff. Entre elas, a que defende uma redução drástica do número de ministérios.

A oposição criticou a presidente Dilma Rousseff por não ter sido chamada para discutir propostas que atendam às manifestações das ruas e antes de propor um pacto ao país.

“É impensável pensar-se em um verdadeiro pacto com os brasileiros sem que as oposições sejam convidadas a debatê-lo. É essencial que a voz das oposições que representam segmentos expressivos da sociedade brasileira, essa voz possa também ser ouvida”, declara o senador Aécio Neves, presidente do PSDB-MG.

Coube ao presidente do Senado, Renan Calheiros, mandar um recado da presidente Dilma Rousseff: ela vai receber a oposição para tratar, inclusive, a proposta de plebiscito da reforma política. Os parlamentares informaram que já têm uma lista de sugestões para aumentar a transparência do governo e melhorar os serviços públicos.

As propostas:

– Reduzir, pela metade, o número de ministérios – que são 39 – e o de cargos comissionados, hoje em 22 mil;
– Adoção da ficha limpa para as nomeações no governo;
– Auditoria nos gastos com a Copa do Mundo;
– A conclusão de todas as obras de mobilidade urbana previstas para o torneio, como linhas de metrô, corredores de ônibus, avenidas e aeroportos;
– Arquivamento do projeto do trem bala, orçado em R$ 55 bilhões. Aplicação desse dinheiro nos metrôs das grandes cidades;
– Investimento mínimo de 10% do PIB em educação, e de 10% da receita líquida federal em saúde;
– Outra sugestão: que a união dobre a participação nos gastos com segurança pública, hoje em 13%. Estados e municípios bancam 87%;
– A oposição se declarou contra a constituinte exclusiva, por considerá-la desnecessária.

“Cabe à oposição provocar o governo para que, com ações congressuais, o governo se mova e atenda àquilo que está no espírito das pessoas que estão nas ruas reclamando”, diz o senador José Agripino, presidente do DEM-RN.

A presidente Dilma Rousseff deve se reunir com partidos de oposição ainda no decorrer desta semana.

(Amazonianarede – Agências) 

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