Operação Conclave da PF investiga fraudes na Caixa Participações

Em nota, a PF informou que mais de 100 policiais federais cumprem 43 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Palmas

Brasil – A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (19) a Operação Conclave que investiga possíveis fraudes na compra de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações S.A. (Caixapar). O inquérito apura a responsabilidade de gestores da Caixa Econômica Federal (CEF), além de investigar possíveis prejuízos causados a correntistas e clientes.

Cerca de 200 policiais estão cumprindo desde cedo 46 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. “A decisão ainda determinou a indisponibilidade e bloqueio  de valores de contas bancárias de alvos das medidas cautelares.

O bloqueio alcança o valor total de R$ 1,5 Bilhão”, diz a nota da PF. Os mandados estão sem cumpridos em São Paulo (30), no Rio de Janeiro (6), em Brasília (6), Belo Horizonte (1), no Recife (1) e em Londria, no Paraná (2).

De acordo com as investigações, alguns núcleos criminosos foram identificados, entre eles, “o núcleo de agentes públicos, responsáveis diretos pela assinatura dos pareceres, contratos e demais documentos que culminaram com a compra e venda de ações do Banco Panamericano pela Caixapar e com a posterior compra e venda de ações significativas do Banco Panamericano pelo Banco BTG Pactual S/A”.

Outro núcleo, o de consultorias, segundo a PF,  emitia pareceres para legitimar os negócios realizados. E o núcleo de empresários que, “conhecedores das situações de suas empresas e da necessidade de dar aparência de legitimidade aos negócios, contribuíram para os crimes em apuração”.

Conforme a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de gestão temerária ou fraudulenta, além de outros delitos que possam vir a ser descobertos.

As punições para esses crimes podem chegar a 12 anos de reclusão. O nome da operação faz referência à forma sigilosa com que foram tratadas as negociações e alude ao ritual (Conclave), no Vaticano, para a escolha do papa.

A CaixaPar informou, por meio de nota, que está “prestando irrestrita colaboração” com os trabalho de investigação, mantendo permanente contato com as autoridades policiais.

Amazonianarede-EBC

 

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