Manaus, AM – Somente este ano, de março a dezembro, 244 pessoas participaram de dez oficinas de reeducação destinadas a pessoas que tiveram penas aplicadas por crimes ambientais. As oficinas foram promovidas por meio de parceria entre a Prefeitura de Manaus, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama) e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Elas abordaram, entre outros temas, o combate às queimadas urbanas, os danos causados pela prática de poluição sonora, resíduos sólidos e o combate ao caramujo africano.
“O perfil dos participantes é sempre bastante variado. Temos relatos em que os apenados reconhecem que muitas vezes mudam de visão quando aprendem sobre o meio ambiente”, explica o técnico em Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Alessandro Sampaio. Instrutor das oficinas, ele explica que muitos dos participantes são leigos nas questões ambientais e acreditam que tudo tem que ser resolvido pelo poder público. “Nas oficinas, porém, eles conseguem mudar de atitude a partir dos conhecimentos repassados durante as palestras”, afirmou.
Poluição sonora e queimadas são os delitos mais frequentes entre os casos de apenados recebidos nas oficinas. As palestras acontecem no Espaço da Cidadania Ambiental (Ecam) do Manauara Shopping, uma vez por mês, durante uma semana, sempre à noite.
Além da Semmas e da Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa) do TJAM, participam das oficinas de reeducação representantes de órgãos como o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública do Estado.
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