O poder do silêncio

Irmã Maria Helena
Irmã Maria Helena
Irmã Maria Helena

Irmã Maria Helena Teixeira (Colaboradora JI)

Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio para apreciá-las em toda a sua plenitude. As grandes falas servem, frequentemente, para confundir ou doutrinar.

Às vezes, o silêncio é mais esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhe para uma mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito bem tudo o que quer sem dizer nenhuma palavra.

Na realidade, as palavras devem ser a embalagem dos pensamentos. Não adianta fazer longos discursos para expressar os sentimentos de seu coração. Um olhar diz muito mais que um jorro de palavras.

A natureza e o silêncio
A natureza e o silêncio

Creio que, em sua grande sabedoria, a natureza nos deu apenas uma língua e dois ouvidos para escutarmos mais e falarmos menos. É necessário lembrar do provérbio dos filósofos: as verdadeiras palavras não são sempre bonitas e as palavras bonitas nem sempre são verdades. As grandes mentes fazem com que, em poucas palavras, muitas coisas sejam ouvidas.

As mentes pequenas acham que têm, pelo contrário, a concessão para falar e não dizer nada.

Poucas palavras são necessárias para expressar “eu gosto de você.” Portanto, todas as outras que poderiam ser ditas são supérfluas. São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio. Ser comedido com as palavras é uma prova de profunda sabedoria. Saber ouvir também.

(Transcrição do Jornal da Ilha, Parintins)

 

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