Manaus, AM – A mãe evangélica Maria do Carmo Marques Soares, de 72 anos, disse perdoar o suspeito de matar o seu filho em um latrocínio. O homem se ajoelhou perante a idosa, que é mãe do sargento da Polícia Militar Marcos Aurélio Marques Soares, assassinado ao reagir um assalto em abril deste ano, na Zona Leste de Manaus.
O homem foi detido em cumprimento a mandado de prisão preventiva por latrocínio, no último dia 15, mas só foi apresentado à imprensa nesta segunda. Lineker Araújo Silva, de 25 anos, foi mantido na Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd) para realização de novas diligências.
Mesmo com o perdão dado ao homem, a idosa posou com um cartaz com os dizeres “Prisão é pouco. Merece pena de morte!”. Os familiares do sargento da PM estiveram na delegacia durante a apresentação. “Só queremos justiça. Uma pessoa perversa como esse homem que matou meu filho não pode ficar livre”, desabafou, emocionada, a mãe do sargento.
Maria do Carmo questionou o motivo que o homem atirou no filho. A aposentada disse que perdoava o assaltante e que ele deveria pagar pelo crime.
“Se ele se arrependeu verdadeiramente, eu o perdoo. Espero que ele procure se redimir”, declarou a aposentada.
Segundo a Polícia Civil, Lineker Araújo foi autor dos disparos de arma de fogo que mataram o sargento. O homem já tinha sido preso em flagrante por roubo de um celular e liberado após a audiência de custódia pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), no dia 12 de janeiro deste ano. O homem ficou detido somente um dia e voltou a cometer crimes, de acordo com a polícia. Ele já respondia a quatro crimes de roubo, furto e falsificação.
“Nosso medo é que ele seja solto de novo e outras famílias sofram o que estamos sofrendo com a perda do meu pai. Meu pai não era uma pessoa má, era uma pessoa boa, ótimo pai e um trabalhador”, filha do sargento, Keyla Soares de Carvalho, de 28 anos. A vítima deixou seis filhos.
Lineker Araújo responderá por latrocínio e que é o quinto crime na lista de processos que foi indiciado. O preso será encaminhado para Centro de Detenção Provisória (CDPM) e aguardará decisão judicial.
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