

MANAUS – Os estudantes que vão fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no próximo sábado e domingo (5 e 6), precisam ficar atentos ao horário local de abertura e fechamento dos portões. No Amazonas, os portões abrem às 10h e fecham às 11h (horário local), assim como em Rondônia e Roraima. As provas começam 30 minutos após o fechamento dos portões.
Oito Estados e o Distrito Federal acompanham o horário de Brasília e outros 14 têm apenas uma hora de diferença. Os candidatos sabatistas – que guardam o sábado por motivos religiosos – devem chegar nos mesmos horários dos demais e serão acomodados em salas separadas até as 19h, quando podem iniciar a prova.
No primeiro dia de prova, os candidatos terão 4h30 para responder a 90 questões das áreas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. No segundo dia, serão 5h30 para as provas de Redação, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. No total, 8.627.195 pessoas se inscreveram para o exame.
Cancelamento
Ontem, o procurador da República Oscar Costa Filho pediu a suspensão do Enem. O pedido tem como base o adiamento da prova para mais de 191 mil candidatos devido a ocupações de locais onde a avaliação é aplicada. Para o procurador do Ministério Público Federal no Ceará, as provas em diferentes datas, com temas diferentes da redação, fere a isonomia da seleção.
A ação será julgada pela 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Caso a Justiça aceite a ação, a suspensão do Enem é válida para todo o Brasil. Devido à urgência, o pedido deve ser julgado até sexta-feira (4), de acordo com a Justiça Federal. A ação será avaliada pelo juiz Ricardo Cunha Porto.
“O MEC aplica a teoria da resposta ao item (TRI) na prova objetiva, o que equilibra o nível de dificuldade da prova para todos os candidatos, mesmo os que fazem uma segunda prova. Mas eles mesmos dizem que essa teoria não se aplica à redação”, argumenta o procurador Oscar Costa Filho.
Como opção para evitar a suspensão do Enem, o procurador sugere na ação que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adie a aplicação da redação para todos os candidatos, e não só para os 191 mil que farão exame onde há ocupações.
“Peço que o juiz determine que o Inep adote as providências. Aí ele pode adotar o que ele quiser”, afirma.
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