Natureza diversificada e botos transformam Novo Airão em point turístico

Amazonianarede-Osny Araújo

Novo Airão, AM – Hoje nesta reportagem especial falaremos um pouco do município de Novo Airão, suas belezas, sua natureza formado por um espetacular ecossistema, incluindo o arquipélago de Anavilhanas e os seus “botos” quase domésticos que são alimentados por crianças e turistas, numa combinação perfeita entre os seres humanos e animais.

A cidade, situada à margem direita do Rio Negro, com suas águas escuras e praias de areias brancas, fabricação de barcos regionais e pela sua localidade próxima a capital, é muito visitada por turistas, que se encantam com a cordialidade dos seus habitantes e as belezas naturais que podem ser vislumbradas por todos os lados. O município ganhou autonomia com o seu desmembramento de Manaus em 1955.

Segundo alguns historiados, a sua origem nos leva ao ano de 1668, oportunidade em que no comando de uma tropa de resgate, o feri Teodósio da Veiga, da Ordem dos Marcês, chegou ao Rio Negro, se encantou com as belezas da região e fundou um povoado, época em que era governador da Capitania de São José do Rio Negro, Joaquim de Melo e Póvoas, até que em 1995 com o desmembramento do município de Manaus ganhou a sua autonomia administrativa, mas a sua instalação como cidade só ocorreu em fevereiro do ano seguinte.

Novo Airão está localizada na calha do rio Negro, a uma distância de Manaus de 115 km em linha reta e 143 por via fluvial. Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Manaus, Iranduba, Manacapuru, Caapiranga, Codajás, Barcelos e Estado de Roraima. o acesso poderá ser feito por via fluvial, aérea ou terrestre.

BOTOS A MAIOR ATRAÇÃO

A acolhedora e simpática cidade aos poucos vai se transformando num grande point do turismo amazônico e as belas atrações, surgem naturalmente das águas, formadas por rios, lagos e igapós.

Os turistas já desembarcam na cidade cheios de curiosidades, especialmente pela história dos botos que chegam próximos aos visitantes para serem alimentados, são os famosos botos cor-de-rosa ou “vermelhos,” para os caboclos da região.

Eles são animais aquáticos dóceis e que acostumados com a afluência do público, não se espantam mais com essa movimentação e por esse comportamento camarada e dócil, são agraciados com alimentação, a base de peixe cru que são entregues nas suas bocas pelos visitantes.

Esse encontro, poderá acontecer em restaurante-flutuantes situados em frente a cidade ou ainda no Parque Nacional do Jaú, uma reserva de conservação ambiental. O Jaú é maior parque do Brasil e segundo da América do Sul, de acordo com o órgão de turismo do Estado.

A principal via de acesso é fluvial, numa viagem longa, com direito a avistar jacarés, diversos tipos de peixes e muitas aves. O parque fica estrategicamente localizado na bacia do rio Jaú, afluente do rio Negro.

Durante a viagem, o barco faz diversas paradas para os turistas apreciarem a vista e tirarem fotos. É possível apreciar as cachoeiras do Jaú e Unini, assim como as populações ribeirinhas. O ponto alto do passeio, que dura o dia inteiro, é alimentar, com peixes frescos, os botos.

ANAVILHANAS

Dentro do munícipio de Novo Airão se encontra a Estação Ecológica de Anavilhanas, um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo, com cerca de 400 ilhas, centenas de lagos, rios e igarapés – todos ricos em espécies de vegetais e animais.

O local, é protegido por lei por ser área de Conservação Ambiental ou de reservas indígenas.
O arquipélago conta com mais de 400 ilhas e é um dos maiores da América Latina e guarda uma beleza natural espetacular, um verdadeiro cartão postal da Amazônia brasileira, situado bem no coração do Amazonas.
No retorno a cidade, os turistas podem ainda vislumbras um pouco da história passada Ada cidade, como as ruídas de onze edifícios, do cemitério e de uma igreja do século XVIII, verdadeiros símbolos da cidade, além de vários sítios arqueológicos, todas do tipo petroglifo ( gravações em pedras) e alguns pontos de habitação e acampamentos da pré-história do município.

O local é o paraíso dos biólogos e ecologistas. A água é o recurso natural mais importante da Amazônia e a força que ela tem é tanta -principalmente em Anavilhanas – que o local merece ser visitado durante a cheia, de novembro a abril, e na seca, de maio a outubro.

Na época da cheia, pouco mais da metade das ilhas ficam submersas. Nesse período, os animais se concentram em terra firme, nas regiões mais altas. Já no mês de maio, o panorama começa a mudar e a presença de animais de grande porte, como onça pintada, anta, e veado entre outras se torna mais frequente.

Existem duas maneiras para conhecer de perto as maravilhas da fauna da região: avião, sobrevoando as montanhas e rios e vendo de cima as belezas naturais, ou então via barco, pelas águas do Rio Negro, tendo um contato mais próximo com os animas.

No passeio, é possível ver os macacos, antas, capivaras, gato maracajá, aves de grande porte, árvores com mais de 9 metros de circunferência, as seringueiras, os vários tipos de orquídeas, além de jacarés boiando no rio, tamanduás e muitos passarinhos.

A Casa Ceará (R. Maria Rufina de Almeida, 6, 3365-1270) organiza passeios (três horas, a partir de R$ 190, para quatro pessoas). O roteiro pode incluir uma visita às grutas do Madadá, em floresta próxima ao arquipélago (cinco horas, R$ 350, quatro pessoas).

Outro grande atrativo da cidade é a sua culinária, que tem como base o peixe.

Com pratos sofisticados e os tradicionais “caboclos” à segunda opção é muito procurada pelos turistas, como por exemplo o tambaqui e a Matrinchã assados na brasa.

ARTEZANATO

Além das belezas naturais do local que funcionam com um bom colírio para a vista, existe um outrofortr atrativo para os visitantes. O rico artesanato local, também uma das principais fontes da economia municipal.

A Associação dos Artesãos de Novo Airão (Aana), conta com diversos membros que produzem suas peças (tapetes, cestos, peneiras e luminárias, entre outros) em fibras vegetais como a arumã, cipó, ambé, tucumã, piaçava e cipó titica.

Esse produto poderá ser facilmente encontradopodem ser na Associação dos Artesãos do município ou em lojas espalhadas pelo município.

Objetos esculpidos em madeira, como pequenos animais e chaveiros, também são destaques no comércio local e começam a ganhar os quatro continentes nas bagagens dos turistas externos que visitam Novo Airão, agora com acesso muito mais fácil após a inauguração da Ponte Rio Negro que interligada Manaus aos municípios do Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, todos integrantes da Região Metropolitana de Manaus.

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