
Manaus – No dia 13 de janeiro de 1913. Naquele altura era fundado o mais antigo time de futebol do Estado do Amazonas, Nacional Futebol Clube. Hoje, 103 anos depois, equipe e torcedores querem apenas um presente de aniversário. E nem precisa ser de imediato. Aliás, é até melhor que venha depois. Quando? No 2º semestre de 2016, mais precisamente em novembro. O período é o previsto para encerrar a Série D do Campeonato Brasileiro, principal objetivo do Leão da Vila Municipal nas últimas temporadas, e alcançar a terceira divisão.
Atual presidente do clube, Mário Cortez, reeleito para o posto, vem batendo na tecla do acesso desde o final da última temporada. Inclusive, para alcançar o objetivo, a diretoria nacionalina apostou em jogadores com experiência em acessos nacionais para compor o elenco.
– Trouxemos um treinador que tem alguns acessos nas divisões nas quais nós também esperamos que a sorte, o trabalho e a competência dele nos leve a esse acesso também à Série C. E os atletas foi uma questão de opção, porque nós deixamos o treinador escolher livremente o grupo com o qual ele queria trabalhar. Então, ele escolheu. É evidente que ele assume a responsabilidade por tudo isso e é uma pessoa plenamente confiável, tem um bom currículo no futebol brasileiro e o Nacional tem que apostar nisso aí – disse Cortez durante a apresentação do plantel, em dezembro.
Maior campeão do Campeonato Amazonense, com 43 títulos (o último caneco foi conquistado em 2015), o Naça tem o carinho da maior torcida do Estado. Inclusive, seus torcedores fanáticos fizeram uma grande festa com direitos a fogos e rojões nesse dia de aniversário.
Nesta temporada, além da 4ª divisão do Campeonato Brasileiro, o Nacional vai disputar o Campeonato Amazonense, no segundo semestre, e Copa do Brasil e Copa Verde, nos seis primeiros meses do ano.
História

Fundado em 13 de janeiro de 1913, como dissidência do antigo Manáos Sporting Club, e com objetivo de abrir espaço para brasileiros praticarem futebol, o Naça “nasceu” em uma época no qual o esporte era quase que exclusividade dos ingleses que viviam na capital amazonense. Liderados por Manuel Fernandes da Silva, um grupo de atletas e membros fundadores do Manáos Sporting Club, primeiro campeão do Amazonas, associaram-se para dar nascimento ao clube.
A cisão fora motivada por desentendimento entre o presidente do Manáos Sporting, Dr. Edgard de Melo Freitas, e o capitão da equipe, Manuel Fernandes da Silva, o Fernandinho. Líder da oposição, Fernandinho encontrou apoio entre muitos de seus companheiros de equipe, da qual faziam parte, entre outros, o Sr. José Marçal dos Anjos, de tradicional família manauara, que em solidariedade o acompanharam na saída do antigo time inglês.
Dessa forma, no dia 13 de janeiro, em uma casa familiar na Rua 7 de Setembro, centro antigo de Manaus, nascia o “Eleven” Nacional, um clube com um grupo de jogadores totalmente de origem brasileira.
Campeão de títulos
O clube mais querido do Amazonas, com 43 títulos estaduais, o Nacional é o maior campeão do Amazonas Somando os três maiores rivais do clube no cenário local – Rio Negro, São Raimundo e Fast – o trio atinge a marca de 30 canecos. Ou seja, ainda assim continuariam 13 temporadas atrás do ”Mais Querido”.
A primeira conquista da equipe ocorreu em 1916, ainda pela fase amadora. Curiosamente, o clube venceu tanto a última edição do amador, em 1963, quanto a primeira edição do profissional, em 1964. Outro ponto de destaque: o Nacional mantêm o recorde de taças consecutivas, quando foi hexacampeão no período entre 1976 e 1981.

Desde 2009, quando a Série D foi criada, o Leão do Amazonas busca – pelo menos – um acesso à Série C. De lá para cá, foram quatro participações, com um histórico bastante negativo. A melhor colocação foram nas temporadas de 2009 e 2013, quando o clube manauara foi eliminado nas oitavas de final. Nas campanhas de 2011 e, mais recentemente, de 2015, a equipe não passou nem da primeira fase.
Para 2016, a diretoria do time formou um elenco experiente. Desde o treinador, Heriberto da Cunha, até setor ofensivo. Dessa vez, a esperança volta a esverdear. A pergunta que fica é: será que o presente chegará?
Amazonianarede-G1,esporte