Na raça e na defesa, Brasil vence a França na Copa do Mundo de Basquete

30-08basqueteEspanha – Ataque brasileiro tem uma atuação irregular, pecando em passes e lances livres, mas ainda assim, conseguiu a vitória por apenas dois pontos de vantagem, na base da raça.

Ufa! Na briga, no sufoco e, principalmente, na raça, o Brasil conseguiu uma vitória logo na estreia da Copa do Mundo de Basquete da Espanha, sobre a atual campeã europeia: a França. O placar, definido apenas nos segundos finais, mostrou 65 a 62 para o Brasil.

Com um ataque irregular, a Seleção precisou (mais do que nunca) da ajuda de sua defesa para triunfar. Com boas participações de Nenê, Varejão e Tiago Splitter no setor defensivo, a equipe conseguiu anular o ataque francês, saindo com a vitória.

O cestinha da partida foi Marcelinho Huertas, com 16 pontos, além de cinco assistências. Do lado francês, Boris Diaw foi o melhor, com 15 pontos, seis rebotes e cinco assistências. Marquinhos, com 10 pontos, e Leandrinho e Varejão, com 8, também tiveram destaque.

Nos lances livres, o Brasil voltou a sofrer, convertendo os pontos com um aproveitamento de apenas 58%, contra 81% da seleção francesa, enquanto nos chutes de quadra, a Seleção teve 40%, contra 48% da França.

Agora, a Seleção Brasileira volta à quadra neste domingo, para encarar o Irã, contra quem já triunfou em um amistoso de preparação para o Mundial. A partida acontece às 13h.

1º QUARTO

O Brasil começou a partida com Marcelinho Huertas, Marquinhos, Alex, Nenê e Tiago Splitter, enquanto a França veio à quadra desfalcada, mas com dois jogadores da NBA em seu quinteto títular: Heurtel, Batum (do Portland), Diaw (do San Antonio), Gelabale e Lauvergne.

No início do jogo, o Brasil não conseguiu se encontrar, errando jogadas fáceis e vendo a França abrir 6 a 0. O primeiro lance livre brasileiro na Copa do Mundo, com Tiago Splitter, foi perdido, e a França conseguiu, com dois chutes de três (Diaw e Heurtel), abrir 12 a 3 no placar.

A equipe francesa protegia bem o garrafão (forte do Brasil) e dominava nos rebotes e eficiência de ataques. Com isso, a França ditou o ritmo da parcial, forçando erros brasileiros, enquanto Marcelinho Huertas demorava a se encontrar na partida.

Porém, a equipe conseguiu crescer no final do quarto, a 4 minutos do fim, enquanto Nenê deu lugar à Anderson Varejão, que entrou bem. O Brasil melhorou, mas Huertas seguia tomando decisões ruins no ataque. Raulzinho e Leandrinho entraram, dando um ritmo mais forte à equipe, que conseguiu melhorar ofensivamente, mas, ainda assim, terminou o quarto atrás, por 18 a 11.

2º QUARTO

A Seleção voltou pressionando muito a defesa, mas seguia pecando no ataque, como em uma bola roubada por Leandrinho em que, no três contra um, o brasileiro errou o passe para Raulzinho e desperdiçou a chance.

Ainda assim, Leandrinho se redimiu no lance seguinte, quando a 2 segundos do estouro do relógio, Leandrinho mandou uma linda bola de três, de muito longe. Varejão passou a compor o garrafão com Hettsheimeir e, depois, Splitter, melhorando o poderio defensivo da equipe.

Um chute de três de Marcelinho Huertas deixou a desvantagem brasileira em apenas um ponto (24 a 23), enquanto a França começava a se mostrar nervosa, errando passes, perdendo rebotes e cometendo faltas.

Com dois lances livres e a chance de virar o jogo, Splitter conseguiu apenas empatar, mas Raulzinho, de dois, colocou a Seleção à frente (26 a 24). A arbitragem seguia errando muito, para ambos os lados, e prejudicando o andamento da partida.

Raulzinho ditava um forte ritmo da Seleção que, ainda com arremessos precipitados, cresceu nos rebotes, levando a vantagem para 28 a 26, com 30 segundos para o fim do quarto. Com 11 acertos em 27 tentativas de chutes de quadra, o aproveitamento brasileiro cresceu em relação à primeira parte do jogo.

Com o estouro do relógio, a França perdeu a chance de empatar o jogo, enquanto Larry Taylor recuperou a posse de bola e sofreu uma falta no ataque. Com um segundo restante no quarto, Magnano pediu um tempo, para tentar ampliar a vantagem, mas o placar seguiu em 28 a 26 para o intervalo.

3º QUARTO

O Brasil começou com vantagem, mas seguia precipitando arremessos e errando passes, ainda que a distância de dois pontos se manteve. Na armação, Raulzinho mostrou que será uma boa dor de cabeça para Magnano, defendendo bem e distribuindo com inteligência.

Alex, com quatro pontos no início do quarto, atacava com extrema eficiência, inclusive deixando três franceses para trás em uma bela infiltração. Com dois lances livres convertidos por Anderson Varejão e uma jogada fantástica de Raulzinho, com um corte e um passe pelas costas para os dois pontos de Splitter, o Brasil abriu sua maior vantagem na partida, com 40 a 34 no placar, forçando o treinador francês a pedir um tempo.

Tiago Splitter conseguiu um toco sensacional na defesa, mas Anderson Varejão não aproveitou o arremesso de meia distância, cometendo uma falta no contra-ataque. Marcelinho Huertas voltou à quadra e, em sua primeira bola, conseguiu uma bela assistência para Nenê. Na volta, a arbitragem fez mais uma marcação polêmica, com uma falta de Alex, a quinta brasileira no período, sobre Batum, que reduziu o placar para 42 a 39.

No ataque seguinte, Nenê tentou duas vezes e errou ambas, mas sofreu duas faltas no lance, que a arbitragem não deu. Na sequência do lance, Anderson Varejão marcou seu quarto ponto em lances livres, enquanto o árbitro ameaçava uma falta técnica em Magnano, que reclamava muito do trabalho do quarteto.

Com a dupla Huertas/Nenê afinada, o Brasil voltou a colocar seis pontos à frente com 20 segundos para o fim. A França reduziu, mas Nenê sofreu uma falta fora do lance de jogo, tendo a possibilidade de cobrar dois lances, com sete segundos no relógio. Acertou apenas um, mas levou o Brasil em vantagem para o quarto final, com 46 a 41 no placar.

4º QUARTO

Logo no primeiro ataque francês no último quarto, o Brasil conseguiu uma roubada de bola, unindo a dois rebotes ofensivos e dois pontos de Leandrinho em lances livres. Um forte começo da Seleção, que aumentou a vantagem para 48 a 41.

Com uma linda cesta de três de Huertas, o Brasil aumentou a distância para oito pontos, mas viu Diaw converter dois pontos e sofrer a falta, marcando seu quinto ponto no quarto.

Boris Diaw era o mais forte no ataque, enquanto Nenê, defensivamente, roubava a cena. Um chute de três de Marquinhos e o Brasil voltou a oito pontos de vantagem (54 a 46), mas a França devolveu, logo na jogada seguinte, os três pontos.

O Brasil conseguiu cavar uma falta de ataque, mas Splitter andou no lance seguinte. Mais dos lances polêmicos para a conta do árbitro. Mesmo assim, a Seleção não se abalou, e Marcelinho Huertas conseguiu um bom arremesso da cabeça do garrafão.

Diaw conseguiu uma boa infiltração, cavando uma falta. Porém o lance foi invertido pelo árbitro, já que o correto seria uma falta de ataque do francês. A vantagem brasileira caiu para cinco pontos, enquanto os franceses melhoraram muito o setor defensivo.

Uma linda jogada de infiltração de Marquinhos e o Brasil aumentou a vantagem novamente, forçando um tempo dos franceses a 3 minutos do fim.

Com dois lances livres, a França encostou no placar (58 a 53), mas Marcelinho Huertas, com uma bela jogada individual, tratou de colocar a vantagem brasileira no prumo. Heurtel marcou de três, trazendo o placar para 60 a 56.

Com duas chances em lances, Huertas converteu apenas uma, fazendo com que a vantagem brasileira fosse de cinco pontos. No lance seguinte, Huertel marcou em uma bola rápida de dois, reduzindo para três a distância, a 33 segundos do fim da partida.
O Brasil pediu um tempo e, na volta, a França fez uma falta rápida em Huertas, que converteu os dois lances, forçando mais um tempo, dessa vez dos franceses.

Uma falta de Pietrus num rebote brasileiro deu a chance de mais dois lances para Nenê, que errou ambos. No ataque francês, dois lances livres convertidos por Pietrus, que deixou a desvantagem francesa em três pontos (63 a 60). O Brasil rodou a bola no ataque, para deixar o relógio correr, mas Batum conseguiu “achar” Huertas e fazer a falta, a 11 segundos do fim.

Huertas errou o primeiro, mas converteu o segundo, deixando a vantagem em duas posses de bola. Logo na saída de bola, a França conseguiu acertar uma bola de três, colocando a vantagem em um ponto. Cometeu a falta rápida, a 1 segundo do fim. Marquinhos converteu o primeiro, errou o segundo, mas não havia tempo para mais nada. Vitória brasileira por 65 a 63.

Fonte: Ascom

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