Mineração é peso do Pará no PIB Brasil

(Foto: Divulgação)

Os indicadores de contas regionais do Estado, relativamente à participação percentual no total do país, revelam que o crescimento das atividades industriais, sobretudo a extrativa mineral, vem influenciando fortemente a participação do Pará no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.

Essa é uma das revelações contidas no documento que o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) divulgou recentemente sobre a variação do PIB.

Na ocasião, a direção do Idesp ressaltou que está em curso a revisão da base do Sistema de Contas Nacionais (PIB do Brasil), de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e cuja nova série, com referência em 2010, será divulgada em 2015. Apesar das mudanças a serem introduzidas na metodologia de cálculos, porém, não houve interrupção nas estimativas para o sistema de contas nacionais trimestrais (PIB Brasil trimestral) e nem para o sistema de contas regionais, que trata do PIB das unidades federativas e do Distrito Federal.

Os procedimentos adotados para a estimativa dos resultados dos anos de 2010 e 2011, com referência em 2002, foram baseados no sistema de contas nacionais trimestrais. Além de apresentarem um nível de detalhamento mais restrito, cobrindo apenas 12 atividades, os resultados são considerados de caráter preliminar. Dentro de dois anos, os resultados das contas regionais do Brasil, referentes a 2010 e 2011, serão reapresentados de forma definitiva e integrados à nova série do sistema de contas nacionais do Brasil.

De qualquer forma, nada será capaz de alterar substancialmente os dados que mostram o papel de crescente importância desempenhado pela indústria extrativa mineral na composição do PIB paraense e na sua participação percentual no PIB do Brasil. O documento do Idesp mostrou que, enquanto o Valor Adicionado (VA) da indústria paraense ganhou 1,5 ponto percentual entre 2002 e 2011, o PIB estadual avançou apenas 0,4 ponto percentual.

Isso, em função da participação dos impostos líquidos de subsídios e do setor de serviços não ter sido alterada significativamente como a da indústria. Esses números tornam patente a constatação de que a indústria paraense ganha peso na estrutura produtiva nacional, sem que os demais setores da economia paraense a acompanhem no mesmo ritmo e com a mesma intensidade.

A estrutura produtiva dos setores econômicos do PIB paraense, para o ano de 2011, mostra que, enquanto a atividade industrial – turbinada pela indústria extrativa mineral – ganha musculatura, o agronegócio e os serviços continuam tendo um comportamento mais discreto no conjunto da economia paraense. O setor agropecuário, por exemplo, com 6,06%, registrou um valor adicionado de R$ 4,895 bilhões e incremento, em volume, de 2,74%. Já o setor de serviços foi o que apresentou a maior perda na formação do valor adicionado, com 51,45% de participação, em valor de R$ 41,584 bilhões, e variação no volume de 4,72%. A indústria, em contrapartida, contribuiu com 42,49%, valor adicionado de R$ 34,343 bilhões, e apresentou o maior crescimento (6,12%) em volume.

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