
Amazonas – Foi aberta uma auditoria para verificar a folha de pagamento do Governo do Estado, que segundo consta existem muitos servidores fantasmas, que recebem salários sem comparecerem ao trabalho. Atento ao fato, o governador José Melo, foi taxativo e garantiu que o Governo vai apurar devidamente o fato.
O certo é que, a folha de pagamento dos servidores públicos e comissionados do Amazonas é alvo de auditoria. A medida foi divulgada pelo governador do Amazonas, José Melo (PROS), nesta terça-feira (29), em Manaus.
Esse é um dos procedimentos da segunda reforma administrativa do Executivo estadual, que será enviada à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). Melo acredita que a fiscalização deve economizar mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos.
“O fato de estarmos implantando também o ponto eletrônico vai reduzir muito [os gastos com] a folha. A folha de pagamento será feita em função da biometria. Quem colocou o dedo e veio trabalhar, vai receber. Quem não colocou, estará fora. São procedimentos simples que irão resultar em economia”, comentou o governador.
Melo não deu mais detalhes sobre o período de realização da auditoria e evitou comentar suspeitas de “servidores fantasmas”, ou seja, que recebem salário, mas não cumprem jornada de trabalho.
“Se existir [servidor fantasma], com esses dois procedimentos [biometria e auditoria] irá aparecer. Não gosto de prejulgar, mas estou tomando todas as providências, no sentido de que a folha de pagamento seja feita em função daqueles que realmente trabalham”, ponderou o governador.
Melo disse também que reduziu os cargos comissionados e, que a partir desta quarta-feira (30), os automóveis alugados ao estado serão devolvidos. “Quem quiser automóvel, agora, terá que ser por ata de registro de preço. Vamos ter uma economia de mais de R$ 20 milhões por ano”, informou.
“A troca de guarda armada, por não armada, representa R$ 30 milhões de economia. Juntando os milhões, acabamos tendo uma economia necessária para não atrasar a folha e não reduzir níveis salariais. Todos esses trabalhos e sacrifícios têm um único objetivo, que é a continuidade dos serviços essenciais”, acrescentou José Melo.
Reforma Administrativa O governador pretende divulgar em breve detalhes da segunda reforma administrativa do estado. “Talvez, ainda nesta semana, vou mostrar uma série de coisas que aconteceram neste ano e demonstrar os procedimentos internos que teremos que tomar para superar a crise. A crise era vista de um jeito e depois que o Brasil foi rebaixado, a crise passou a ser mais poderosa. É mais poderosa ainda em relação ao Amazonas, porque as indústrias incentivadas produzem bens de consumo não duráveis. A indústria caiu 30% nos primeiros oito meses deste ano. O principal imposto que representa um volume substancial da arrecadação caiu de forma vertiginosa”, afirmou o governador.
CPF na nota Em agosto, o Governo do Amazonas lançou o Programa Nota Fiscal Amazonense para tentar ampliar a arrecadação dos cofres do estado. Segundo José Melo, a medida evitou redução de R$ 110 milhões na arrecadação. O volume de perdas registrado foi de R$ 23 milhões.
“O CPF na nota fez com que o comércio e serviço desse uma reagida maravilhosa no mês passado, mas não foi suficiente para fazer frente a queda brutal da indústria e o desemprego em Manaus, que atingiu mais de 21 mil pessoas”, analisou o governador.
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